Família explica quem é o motorista do veículo que invadiu o Flamboyant Shopping
Imagens registradas mostram momento em que veículo adentra local e percorre cerca de 50 metros


A família do motorista identificado como Gilberto Ribeiro Gonçalves, de 51 anos, acusado de invadir o segundo piso do Flamboyant Shopping Center na noite de segunda-feira (21), em Goiânia, com um VW Gol prata, emitiu um comunicado se posicionando sobre a situação.
Na nota enviada à imprensa, o núcleo familiar lamentou profundamente o episódio, classificado por eles como fatídico, e justificou que o condutor foi vítima de um surto psicótico.
“Gilberto enfrenta, desde os 17 anos, um quadro psiquiátrico diagnosticado, com histórico de crises que exigem acompanhamento médico e uso contínuo de medicação. Apesar da condição, sempre foi uma pessoa pacífica, sem qualquer antecedente criminal ou comportamento agressivo”, diz a nota.
De acordo com a família, na ocasião, o homem estava sem a medicação prescrita, o que pode ter contribuído para a perda da noção de realidade. Eles ainda alegam que exames toxicológicos foram realizados e não apresentaram a presença de álcool ou substâncias ilícitas no organismo dele — fato que foi confirmado pela equipe policial.
“Gilberto é pai, avô, filho, possui residência fixa e mantém vínculos familiares estáveis. A família reitera que ele é uma pessoa doente, que precisa de cuidados e acompanhamento, e não representa risco deliberado à sociedade. Neste momento, os familiares estão abalados emocionalmente e pedem respeito à sua privacidade”, destacou o comunicado.
Investigação
De acordo com o delegado titular da Central de Flagrantes e Pronto Atendimento ao Cidadão, Rilmo Braga, o homem foi representado pelo irmão, que também atua como seu advogado.
Na defesa, o advogado afirmou que o suspeito é diagnosticado com esquizofrenia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e transtorno bipolar, reforçando que ele estava sem tomar os medicamentos e, por isso, sofreu o surto psicótico.
Imagens registradas por câmeras de segurança mostram o momento em que ele adentra o complexo comercial com o carro, por volta das 20h30, pela entrada do Garden — próximo ao Empório Piquiras.
Já dentro do shopping, Gilberto transitou por cerca de 50 metros, danificando estruturas e passando por quiosques. Dois funcionários chegaram a ter que pular para não serem atingidos.
Um policial militar, que estava de folga, correu atrás do carro e deu voz de parada diversas vezes — o que foi desobedecido. O condutor só parou quando bateu em uma pilastra e foi capturado e detido por seguranças do shopping até a chegada da Polícia Militar (PM).
Questionado, o suspeito afirmou que havia ido ao local para passear e que, por isso, entrou de carro no shopping.
Com ele, foi localizada uma faca. Ele, porém, disse não saber para que a usaria.
Durante o interrogatório formal, permaneceu em silêncio. Ele foi autuado pelos crimes de perigo à vida, dano qualificado e infração de trânsito por excesso de velocidade.
A Polícia Civil (PC) ainda avalia a possibilidade de incluir o crime de tentativa de homicídio, por ter tentado atropelar os funcionários do quiosque, e analisa a sanidade mental dele.
Gilberto deve passar por audiência ainda nesta terça-feira (22), quando será decidido se ele continuará preso ou não.
Leia a nota completa:
A família de Gilberto Ribeiro Gonçalves, 51 anos, lamenta profundamente o fatídico episódio ocorrido na última segunda-feira (21/07), no segundo piso do Shopping Flamboyant, em Goiânia. No entanto, informa que tudo indica trata-se de um episódio decorrente de um surto psicótico.
Gilberto enfrenta, desde os 17 anos, um quadro psiquiátrico diagnosticado, com histórico de crises que exigem acompanhamento médico e uso contínuo de medicação. Apesar da condição, sempre foi uma pessoa pacífica, sem qualquer antecedente criminal ou comportamento agressivo.
Na ocasião, ele estava sem a medicação prescrita, o que pode ter contribuído para a perda de noção de realidade. Exames toxicológicos realizados não identificaram a presença de álcool ou substâncias ilícitas em seu organismo.
Gilberto é pai, avô, filho, possui residência fixa e mantém vínculos familiares estáveis. A família reitera que ele é uma pessoa doente, que precisa de cuidados e acompanhamento, e não representa risco deliberado à sociedade.
Neste momento, os familiares estão abalados emocionalmente e pedem respeito à sua privacidade.
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