Orgulho anapolino: o que o Brasil aprendeu com a cidade ao longo do tempo

Nos seus 118 anos, Anápolis ensina ao país que fé, trabalho e acolhimento constroem mais que uma cidade: constroem um legado

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Orgulho anapolino: o que o Brasil aprendeu com a cidade ao longo do tempo
Vista aérea de Anápolis. (Foto: Paulo de Tarso/ Prefeitura de Anápolis)

Nesta quinta-feira (31), Anápolis completa 118 anos de emancipação política. Localizada no coração de Goiás e do Brasil, a cidade carrega consigo histórias e lições que ultrapassam seus limites geográficos.

Entre o passado e o futuro, o município que cresceu entre trilhos e rodovias se tornou exemplo de desenvolvimento, fé, educação e acolhimento. E, ao longo do tempo, foi ensinando ao Brasil que é possível prosperar sem perder as raízes — e sonhar grande sem deixar de ser cidade.

A cidade que ajudou a construir duas capitais

Anápolis esteve presente nos dois momentos mais importantes da organização urbana de Goiás e do Brasil Central: a construção de Goiânia, nos anos 1930, e a de Brasília, nos anos 1950.

Sua localização privilegiada, entre as duas capitais, foi essencial para o transporte de pessoas e materiais durante esses períodos. Até hoje, a cidade segue sendo o principal elo entre os dois centros políticos do país.

Onde a fé é diversa — e define o perfil da cidade

Anápolis tem raízes católicas profundas, visíveis em suas igrejas históricas e festas religiosas tradicionais. Mas ao longo das décadas, a cidade passou a abrigar também uma pluralidade de crenças, tornando-se um dos maiores polos evangélicos do estado e um centro de expressão para outras denominações.

A presença de templos evangélicos em praticamente todos os bairros, de centros espíritas, terreiros e igrejas ortodoxas fundadas por imigrantes árabes mostra que a fé molda, em diferentes formas, a identidade anapolina.

Embora existam episódios pontuais de intolerância — como em muitas cidades do país —, a força dessa diversidade está no fato de que nenhuma tradição religiosa conseguiu apagar a outra. Pelo contrário: todas deixaram marcas, vozes e fiéis que seguem moldando o cotidiano da cidade.

A Base Aérea que é orgulho e futuro

Base Aérea de Anápolis. (Foto: Divulgação)

A Base Aérea de Anápolis, instalada na década de 1970, é um símbolo da defesa nacional. Mas para muitos jovens anapolinos, ela é mais do que isso: é um sonho de carreira, estabilidade e pertencimento.

Durante a pandemia de Covid-19, a base ganhou os holofotes ao acolher brasileiros repatriados de Wuhan, na China. A ação emocionou o país e revelou o papel humanitário e estratégico que Anápolis pode desempenhar em momentos críticos.

Onde a escola pública brilha

Os colégios militares de Anápolis já provaram, com números, que educação pública de qualidade é possível. Em 2024, o Colégio Estadual da Polícia Militar Dr. César Toledo obteve a melhor nota entre as instituições públicas de Goiás no Enem.

A fórmula envolve disciplina, acompanhamento pedagógico e participação familiar. O resultado é uma juventude com mais chances de vencer.

DAIA: o motor que atrai sonhos

Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia)

Imagem aérea do Daia, em Anápolis. (Foto: Divulgação/Governo de Goiás)

O Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) é um dos maiores polos industriais de Goiás e referência no setor farmacêutico brasileiro.

Mais do que gerar empregos, o DAIA atrai trabalhadores de todas as regiões do país, transformando Anápolis em um verdadeiro polo de oportunidades. Gente que chega para ficar — e que faz da cidade seu novo lar.

Quando Anápolis ensinou o Brasil a sorrir

Em uma edição do Globo Repórter, Anápolis foi chamada de “cidade feliz”. O programa mostrou o otimismo da população, o sentimento de pertencimento e o equilíbrio entre desenvolvimento e qualidade de vida.

Naquele dia, o Brasil conheceu uma Anápolis que os moradores já sabiam de cor: vibrante, acolhedora e orgulhosa de ser o que é.

Mais que cidade, um sentimento

(Foto: Paulo de Tarso/Prefeitura de Anápolis)

Anápolis não virou referência só por crescer economicamente. Ela ensinou, com exemplos concretos, que é possível equilibrar tradição e progresso, fé e respeito, trabalho e sonho.

Nos seus 118 anos, a cidade segue sendo uma aula viva de como se constrói um lugar com alma.

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