Enfermeira de Goiânia que denunciou diarista por racismo volta a receber ofensas: “atende, cabelo de bombril”

Trabalhadora debochou da repercussão do caso, que segue sendo investigado pela Polícia Civil

Natália Sezil Natália Sezil -
Enfermeira voltou a receber ofensas racistas após denunciar o caso. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Luciana Ponciano voltou a receber ofensas racistas após denunciar o caso. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A enfermeira de Goiânia que denunciou ter sido vítima de racismo por parte de uma diarista, após reclamar da qualidade de uma faxina, diz que a situação continuou se repetindo.

Luciana Ponciano contou à TV Anhanguera que a profissional voltou a enviar mensagens com conteúdo racista após denunciar o caso às autoridades.

Novos prints mostram o teor das mensagens enviadas à enfermeira, que já havia ouvido que “é chata porque é de cor”.

Após uma mensagem de visualização única e reiteradas ligações, que não foram respondidas, a trabalhadora ainda escreve: “atende, cabelo de bombril“. Ela ri e continua: “vai lá de novo, dar mais uns depoimentos”.

Embora as novas ofensas tenham repercutido nesta segunda-feira (18), Luciana conta que teriam voltado na última quarta-feira (13), dia seguinte à cobertura do caso.

Os prints ainda teriam continuado, à medida que a enfermeira era chamada de “bicha feia sebosa” e a diarista dizia que “ficou feio pra tu mesmo!”.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil (PC), que fica responsável por tomar as devidas medidas legais.

Em tempo

O caso aconteceu no dia 09 de agosto, repercutindo na última terça-feira (12). Luciana denunciou ter sido vítima de racismo após reclamar da qualidade de um serviço de faxina.

Inicialmente, ela teria contratado a diarista por indicação de uma vizinha, acertando com antecedência o valor da diária.

A confusão teria começado logo antes dos serviços, quando a profissional se recusou a passar as roupas (o que era previamente combinado), e continuado mesmo depois do final.

A enfermeira chegou a receber mensagens dizendo “você é chata porque é de cor”, “branco nunca me encheu tanto o saco” e “a sua raça é isso aí, não se espera mais nada”.

Ao questionar se a diarista tinha “preconceito com pretos“, ela recebeu a resposta: “demais, do seu jeito sim. Que reclama, que fica exigindo”.

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Natália Sezil

Natália Sezil

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás, é estagiária do Portal 6 e atua na cobertura do cotidiano. Apaixonada por boas histórias, gosta de ouvir as pessoas, entender contextos e transformar relatos em narrativas que informam e conectam o público.

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