Condenada jovem que matou bombeiro baleado dentro de casa em Trindade

Crime ocorreu em março de 2023 em residência localizada no Setor Luzia Monteiro

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
bombeiro
Rafael Moreira dos Santos, à esquerda é mostrado a vítima e, à direita, Francieli. (Foto: Reprodução)

Dois anos após a morte do soldado do Corpo de Bombeiros Rafael Moreira dos Santos, de 34 anos, que faleceu após ser baleado durante uma briga com a ex-namorada, Francieli Moreno, em Trindade, cidade na Região Metropolitana de Goiânia, o caso teve um desfecho.

A jovem, de 23 anos, foi condenada por homicídio qualificado em júri popular pela 1ª Vara Criminal da Comarca do município. O julgamento ocorreu na quinta-feira (21).

O crime aconteceu em março de 2023, na residência onde o casal vivia, no Setor Luzia Monteiro, havia dois meses.

Conforme consta nos autos do caso, Francieli confessou ter atirado duas vezes nas costas de Rafael, mas alegou legítima defesa diante de supostas agressões durante uma briga.

Segundo a acusada, o casal teria discutido na casa de uma tia dela na noite anterior, e bombeiro só retornou à residência no dia seguinte — data do crime —, quando uma nova discussão teve início, após ela supostamente não ter escutado ele a chamando. Foi então que ela teria pego a arma e atirado contra ele.

De acordo com a jovem, antes do crime, o bombeiro teria desferido tapas no rosto dela e a ameaçado de morte.

A Polícia Militar (PM) e o socorro médico, segundo a família, teriam sido chamados apenas 2 horas e 30 minutos após os disparos.

Rafael chegou a passar oito dias hospitalizado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, em estado grave e respirando com a ajuda de aparelhos, mas não resistiu.

Na época, o delegado responsável pelo caso, Douglas Pedrosa, contestou a versão dada por Francieli, afirmando que ela havia mentido em diversos pontos e que teria cometido um “homicídio friamente planejado há vários dias”.

“A gente comprovou nos autos que ela já havia imputado a um ex-marido um crime grave, que seria tentativa de homicídio. Esse ex-marido ficou 2 anos e 8 meses preso por conta dessa mentira dela, e ela manipulava a vítima a ponto de fazê-la sempre fazer o que ela queria”, afirmou à TV Serra Dourada.

Logo após o crime, Francieli chegou a ser presa, mas foi liberada após uma audiência de custódia e pôde responder em liberdade.

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Gabriella Pinheiro

Gabriella Pinheiro

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, está sempre atenta aos temas que impactam o dia a dia da população. Começou como estagiária no Portal 6 e, com dedicação e olhar apurado, chegou à editoria. Tem interesse especial na prestação de serviços, mas não dispensa uma boa reportagem ou uma história bem contada.

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