Mãe desabafa após querer matricular filho autista em escola de Anápolis e ser deixada no vácuo: “cadê a inclusão?”
Isabella Layla tentou contato por duas semanas, mas só foi respondida após recorrer às redes sociais

Não que a maternidade, por si só, já não seja um grande desafio, mas mães de crianças atípicas estão sujeitas a muitos percalços e injustiças que só quem vive essa realidade na pele é capaz de entender. E foi justamente uma dessas intempéries que Isabella Layla denunciou ter experienciado após ser ignorada por mais de duas semanas por uma escola em Anápolis, onde tentava matricular o filho autista.
Em um desabafo feito nas redes sociais nesta terça-feira (02), ela relatou o sufoco que é conciliar a rotina de trabalho com a escolha do filho Arthur Miguel, de nove anos. Atualmente, ele está matriculado em uma escola da rede municipal no Bairro Santo André. Porém, a família reside no Recanto do Sol, de modo que, mesmo em dias sem trânsito, o trajeto leva quase meia hora.
Foi por conta dessa dificuldade logística que ela procurou, ainda em agosto, outro local para matricular o pequeno, encontrando uma unidade mais próxima ao lar. Inicialmente, ela mandou uma mensagem para o centro de ensino no dia 11 de agosto, sendo respondida em menos de 15 minutos e indo para um tour logo no dia seguinte.
“Eu falei que o Arthur era autista e perguntei como era a política de inclusão. Eles falaram que queriam nos conhecer e nós fomos. Inicialmente nos trataram super bem, mostraram o espaço, o Arthur adorou. Mas na hora de ir embora, eles falaram que iam precisar contratar um monitor para prestar apoio, pedindo um prazo de uma semana”, contou, em entrevista ao Portal 6.
Assim, ela aguardou o prazo combinado, mas passados 10 dias, cobrou um posicionamento. Sem respostas. Após outros três dias, mais uma vez, com o mesmo resultado.
“Eu achei estranho porque da primeira vez me responderam na hora, e aí coincidentemente depois que veem o meu filho não respondem? Não tem nem como falar que não estavam vendo, porque uma colega minha foi depois de mim, falou com eles e conseguiu matricular as crianças dela. Por que com o meu não funciona?”, questionou Isabella.
Já frustrada com a situação, ela resolveu gravar um vídeo nas redes sociais desabafando sobre a situação. Coincidentemente, menos de duas horas após o registro viralizar, a escola mandou uma mensagem, dizendo apenas não ter conseguido encontrar um monitor.
“Eu entendo que realmente deve ser desafiador para o professor, sei que precisam de um monitor, mas não acredito que tenha sido esse o caso. Por que demorar tanto para responder? Parece que eles esperavam que eu esquecesse, deixasse quieto”, afirmou.

Após duas semanas sem retorno, escola afirmou não ter encontrado um monitor. (Foto: Reprodução)
Ela também disse ter recebido diversas respostas de mães de crianças atípicas relatando que a situação não se restringe a apenas uma escola, mas que é uma realidade presente em diversos locais. Nas palavras de Isabella, por mais que propaguem bandeiras de inclusão, são poucas as instituições de fato comprometidas em assumirem a responsabilidade pelos cuidados de crianças neurodivergentes.
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— Portal 6 (@portal6noticias) September 3, 2025
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