Base Aérea de Anápolis conclui testes com Gripen e caça já deve operar em breve
Destacaram-se a velocidade de reação, a agilidade para reposicionamento imediato e a eficiência em manutenções

A Base Aérea de Anápolis foi colocada em evidência ao receber, entre 18 de agosto e 4 de setembro, uma série de testes que aproximam o caça F-39E Gripen da entrada definitiva em operação pela Força Aérea Brasileira (FAB).
A estrutura local passou por avaliações de abastecimento, manutenção intensiva e simulações de deslocamento para diferentes regiões, seguindo o protocolo internacional AVOP-I (Avaliação Operacional Inicial).
Um dos pontos mais emblemáticos ocorreu dias antes, em 11 de agosto, quando foi realizado o primeiro reabastecimento em solo pelo método FARP (Forward Arming and Refueling Point).
Na ocasião, um KC-390 Millennium abasteceu um Gripen sem a necessidade de retorno à base, ampliando a autonomia das missões.
Coordenados pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), os ensaios tiveram como foco a versão BCU (Basic Capability Updated), que agrega melhorias em sistemas de missão, desempenho e suporte logístico.
O trabalho contou com a participação do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo e da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico.
Segundo o tenente-coronel aviador David Escosteguy, do IPEV, os avanços verificados aumentam a capacidade da aeronave em situações de combate.
Entre os aspectos analisados, destacaram-se a velocidade de reação, a agilidade para reposicionamento imediato e a eficiência em manutenções realizadas em cenários complexos — requisitos estratégicos para um país com dimensões continentais.
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A coronel engenheira Thais Franchi Cruz, responsável pela coordenação das atividades, explicou que os dados coletados servirão de base para a implementação do Alerta de Defesa Aérea e para a adaptação do conceito de emprego do Gripen no Brasil.
Outro passo importante nesse processo é a integração do Link-BR2, sistema de enlace de dados que está em fase de consolidação.
A tecnologia permitirá a troca de informações táticas em tempo real entre aeronaves e outras plataformas, aumentando a efetividade de operações conjuntas.
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