Promotor defende internação compulsória para mulher que ateou fogo em motorista da Urban

Apesar de não restarem dúvidas quanto a autoria do crime, condição psicológica da autora do crime a torna inimputável

Davi Galvão Davi Galvão -
Promotor defende internação compulsória para mulher que ateou fogo em motorista da Urban
Promotor Eliseu Belo, durante júri de Rosimeire Araújo Lima. (Foto: Davi Galvão)

Durante o julgamento de Rosimeire Araújo Lima, por ter ateado fogo e matado o motorista da Urban, Wallison Barboza dos Santos, o promotor Eliseu Belo defendeu que a ré seja internada compulsoriamente.

Para ele, não restam dúvidas acerca da autoria do crime, com a autora tendo confessado, em detalhes, como incendiou o veículo.

Na sustentação, ele trouxe o testemunho de um ex-colega de trabalho da vítima, que flagrou a ré chegando “caladinha” com uma garrafa, a qual inicialmente acreditou se tratar de água.

Segundo o relato, ela despejou o conteúdo no interior do veículo e logo em seguida ateou fogo. Assim que saiu do ônibus, a autora ainda teria dito que “tinha avisado que ia tacar fogo”.

Laudo médico

O laudo do médico psiquiátrico apontou que a autora apresenta quadro de esquizofrenia, associado com agressividade elevada e surtos psicóticos. No documento, o profissional ainda reforça que, caso a ré não passe por tratamento adequado, novos episódios de violência podem se repetir.

Eliseu reforçou que, à época do crime, ela era inteiramente incapaz de compreender a ilicitude do que estava fazendo, em virtude da doença psíquica, sendo, portanto, inimputável.

O promotor sustentou, inclusive, um delírio persecutório por parte de Rosimeire, que acreditava estar sendo vítima de chacota por parte do motorista que, segundo ela, estava zombando do cheiro dela, como se estivesse fedendo.

Diante a uma situação tão atípica, o pedido aos jurados, por parte da promotoria, foi a de concordar com a internação compulsória da ré.

Vale destacar que a orientação da promotoria não implica na absolvição de Rosimeire, o que seria uma “grande injustiça” nas palavras de Eliseu, mas sim que ela receba o devido tratamento médico de modo a não oferecer risco a si e aos outros.

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Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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