Por que nunca vemos filhotes de pombos pelas cidades? A resposta é mais curiosa do que parece
Todo mundo vê pombos adultos por todos os lados, mas os filhotes parecem não existir e há um motivo bem claro para isso

Quem vive em cidade grande está acostumado a ver pombos andando pelas calçadas, disputando migalhas nas praças e até “pedindo comida” para quem passa.
Eles estão por toda parte. Mas existe algo que sempre chamou atenção: se há tantos pombos adultos, por que nunca vemos filhotes? A impressão é que eles simplesmente aparecem já crescidos, como se surgissem do nada.
Acontece que isso tem uma explicação bem simples e muito diferente do que muita gente imagina.
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Os filhotes ficam escondidos por mais de um mês
Segundo o biólogo Allan Pscheidt, os filhotes de pombo ficam até 40 dias dentro do ninho, completamente isolados e protegidos.
Durante esse período, desenvolvem penas, crescem e já saem praticamente com o tamanho e a cor dos adultos, apenas sem aquele brilho arroxeado nas penas do pescoço.
É por isso que quase ninguém os vê: eles só aparecem quando já estão grandes demais para parecerem filhotes.
Eles nascem em lugares onde ninguém olha
Os pombos modernos descendem da espécie Columba livia, que originalmente vivia em áreas montanhosas. Por instinto, procuram locais altos e difíceis de alcançar. Nas cidades, eles escolhem:
- Vãos de viadutos
- Buracos em prédios
- Telhados
- Estruturas de concreto
- Forros de construções abandondas
Ou seja, exatamente os lugares onde ninguém passa olhando para cima todos os dias.
Alimentação digna de laboratório
Durante o período no ninho, os filhotes recebem o famoso “leite de papo”, uma substância produzida por machos e fêmeas que funciona como um superalimento.
Ele é rico em proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e anticorpos essenciais para fortalecer o sistema imunológico. É tão eficaz que permite que cresçam rápido e em segurança, longe dos olhos humanos.
Quando saem do ninho, já estão iguais aos adultos
Depois das quatro semanas de crescimento, eles começam a voar, ficam alguns dias perto do ninho e logo se misturam completamente aos demais pombos.
É por isso que ninguém percebe quando um filhote passa a circular pelas ruas: ele já passou de fase e parece adulto desde o primeiro dia em que aparece.
Metade dos filhotes não chega à vida adulta. Muitos morrem por predadores, colisões, fome ou acidentes com fios e estruturas da cidade. Mesmo assim, a espécie continua se multiplicando rápido, um casal pode ter até seis ninhadas por ano.
Apesar de o risco ser baixo ao ar livre, as fezes dos pombos podem transmitir doenças como criptococose e histoplasmose, especialmente para pessoas com imunidade baixa.
O ideal é evitar contato direto, não tentar tocar os animais e sempre higienizar áreas com fezes usando máscara PFF2 ou N95, sem levantar poeira.
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