Projetada para ser o principal centro de defesa aérea do Brasil, Base de Anápolis tem sala secreta onde qualquer gravação é proibida

Unidade foi destaque em reportagem da Folha de S. Paulo que acompanhou pela primeira vez a preparação completa de um voo de treinamento dos Gripen

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Projetada para ser o principal centro de defesa aérea do Brasil, Base de Anápolis tem sala secreta onde qualquer gravação é proibida
(Foto: Divulgação/FAB)

A Base Aérea de Anápolis, construída em 1972 para ser o principal centro de defesa aérea do Brasil, passou por uma grande modernização para receber os caças F-39 Gripen, adquiridos pela Força Aérea Brasileira (FAB) da sueca Saab.

Atualmente, 11 das 36 aeronaves previstas já estão em operação no 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), o Esquadrão Jaguar.

No dia 13 de novembro, a Folha de S. Paulo acompanhou pela primeira vez a preparação completa de um voo de treinamento dos Gripen.

Às 13h45, o major-aviador Vitor Luís Martins Faria iniciou os procedimentos finais antes da missão e, cerca de 40 minutos depois, decolou no caça FAB 4108 para um treinamento de pouco mais de uma hora.

Para operar aeronaves que chegam a 2.400 km/h, a base precisou ser praticamente reconstruída.

Do prédio original restaram apenas as paredes externas. Entre as áreas mais restritas está a Black Box, sala totalmente monitorada onde qualquer tipo de gravação é proibida.

Ali ocorrem análises de missões e treinamentos táticos de alto nível. A reportagem também teve acesso aos simuladores, usados por pilotos brasileiros e suecos para treinos avançados.

O esquadrão conta atualmente com 13 pilotos — apenas um formado exclusivamente no Brasil — e deve receber mais quatro militares em janeiro.

  A seleção é rigorosa: apenas 1 em cada 10 candidatos aptos chega a pilotar o Gripen, após acumular experiência em outros caças da FAB e passar por preparação física para suportar forças de até 9G.

Antes da decolagem, todo o equipamento do piloto passa por checagens minuciosas, incluindo testes de pressão e da máscara de oxigênio.

Os Gripen ficam em hangares individuais cuja localização não pode ser divulgada por motivos de segurança. No dia da visita, dez aeronaves estavam na base, enquanto o 11º caça chegaria no dia seguinte.

O programa brasileiro prevê 36 aeronaves, incluindo oito de dois lugares. A primeira unidade produzida no Brasil dentro do programa de transferência de tecnologia deve ser concluída ainda este ano e entregue à FAB em 2026.

Matéria produzida com informações da Folha de S. Paulo

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Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com o Portal 6 desde 2022, atuando principalmente nas editorias de Comportamento, Utilidade Pública e temas que dialogam diretamente com o cotidiano da população.

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