Caoa confia mais uma vez em Anápolis para a chegada da Changan no Brasil
Marca detalhou como acertou parceria, as apostas e o futuro da mais nova montadora a entrar no mercado brasileiro

Antes dedicada à montagem de alguns modelos da Hyundai e da Chery, a Caoa, confiou mais uma vez no polo industrial de Anápolis para a chegada da Changan, outra gigante automobilística chinesa escolhida pelo grupo.
Atualmente, só os veículos da Chery estão sendo montados enquanto não há o início da produção da Changan.
À Quatro Rodas, os presidentes da Caoa, Carlos Philippe Luchesi de Oliveira Andrade e Carlos Alberto Oliveira Andrade Filho, a relação com a Chery segue sólida. Eles explicaram como a empresa decidiu se associar a mais uma fabricante chinesa.
A aproximação com a Changan ocorreu no Salão do Automóvel. A marca estatal chinesa, fundada em 1862 para produzir material bélico e fabricante de automóveis desde 1959, ficou conhecida no Brasil por modelos como os caminhões Chana, lançados por aqui em 2006, e as picapes Kaicene, base técnica das Fiat Titano e Ram Dakota. O interesse da Caoa, no entanto, está focado em produtos mais avançados.
A publicação citou que as negociações entre Caoa e Changan começaram em 2019, quando os executivos visitaram a montadora em Chongqing. Após um período de pausa, as conversas foram retomadas porque a Changan identificou potencial no mercado brasileiro.
A chinesa aceitou as três exigências da Caoa: construir marca no país, produzir localmente e unir tecnologias avançadas ao conhecimento da Caoa sobre o mercado nacional — incluindo o uso do nome “Caoa” ao lado da marca chinesa.
Aposta
O primeiro lançamento será o Avatr 11, da divisão premium Avatr (parceria da Changan com CATL e Huawei). A linha Avatr será posicionada acima da Zeekr. Já os primeiros modelos Caoa Changan comuns serão os SUVs UNI-T e CS75 Plus, que já são testados no Brasil há dois anos.

Avatr 11, primeira aposta da Changan no Brasil. (Foto: Reprodução)
Todos os produtos do conglomerado Changan — como Avatr, Nevo, Kaicene e Deepal — são considerados para o Brasil, e a Caoa promete evitar sobreposição entre as marcas.
Futuro
Estão previstos modelos elétricos, híbridos, com extensor de autonomia e até a combustão. Também há possibilidade de produzir carros específicos para o mercado brasileiro e exportar para países vizinhos.
A Changan prepara investimentos de longo prazo no país, com um novo plano voltado à fábrica de Anápolis. O aporte anterior, de R$ 3 bilhões, termina em 2023 e será renovado a partir do início das vendas e produção da Caoa Changan. Somadas, Changan e Chery ultrapassam 5,3 milhões de carros produzidos em 2024, acima da BYD.
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