Policiais militares são presos em Goiânia, suspeitos de integrar grupo de extermínio
Ambos são investigados por suposto envolvimento na morte do empresário Fabrício Brasil Lourenço, de 49 anos

A Polícia Civil (PC) prendeu, nesta quinta-feira (04), dois policiais militares suspeitos de integrarem um grupo de extermínio em Goiânia, com envolvimento na morte do empresário Fabrício Brasil Lourenço, de 49 anos.
Além deles, outros dois homens — que não são PMs — foram detidos de forma temporária, e um coronel foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Conforme apurado pela TV Anhanguera, os suspeitos teriam participação no assassinato do empresário, que foi executado a tiros em frente à pastelaria onde trabalhava, na capital, no dia 04 de outubro de 2025, na Avenida X, no Bairro Feliz, por volta das 21h40.
No total, segundo a Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão domiciliar nas cidades de Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Nova Veneza.
Até o momento, as investigações seguem sob sigilo até a conclusão do inquérito policial, informou a PC.
Segundo a corporação, o empresário era um dos investigados na Operação Speed Cash, que apura o desvio de R$ 10 milhões na gestão passada da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Fabrício era conselheiro da União Mais Saúde (UMS), associação suspeita de cometer irregularidades em convênio com a pasta da Saúde municipal.
Na época, os investigados distribuíram — em apenas 17 dias — os R$ 10 milhões recebidos logo após a assinatura do contrato com a pasta, realizada em 15 de agosto de 2024.
Foram presos no decorrer da investigação: o ex-secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara; o ex-secretário executivo, Quesede Ayres Henrique; o presidente e o procurador da UMS, Marcus Vinícius Brasil Lourenço e Wander de Almeida Lourenço Filho, respectivamente; e a sócia-administradora da Mult Hosp Soluções Hospitalares, Veriddany Abrantes de Pina.
Assassinato de Fabrício Brasil Lourenço
Na data em que ocorreu o crime, dois homens usando capacetes e trafegando em uma motocicleta se aproximam da vítima enquanto ela saía para jogar lixo. Eles atiram várias vezes e fogem em seguida.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Vinícius Teles, à TV Anhanguera, as investigações indicam que os atiradores conheciam a rotina de Fabrício, incluindo o horário em que ele costumava fechar a pastelaria.
“A vítima tinha um horário em que normalmente fechava a pastelaria. E os assassinos chegaram de motocicleta cinco minutos antes, desembarcaram, aguardaram em um local escuro, realizaram o ato, voltaram para a motocicleta e fugiram. Um crime premeditado, muito bem planejado e executado, porque tem ‘know-how’ (conhecimento prático) no manejo de arma de fogo”, disse.
A Polícia acredita ainda que a vítima estava recebendo ameaças, pois havia se mudado recentemente de uma casa para um apartamento, além de ter comprado um carro blindado.
A partir de agora, testemunhas e familiares serão ouvidos para que o crime seja esclarecido.
Em nota enviada à imprensa, a PM informou que o cumprimento dos mandados judiciais relacionados à investigação foi acompanhado pela Corregedoria e que o caso está sendo conduzido pela Polícia Civil.
Leia a nota completa da PM:
A Polícia Militar de Goiás informa que a Corregedoria acompanhou integralmente o cumprimento dos mandados judiciais relacionados à investigação conduzida pela Polícia Civil. A Instituição permanece à disposição das autoridades competentes e cumpre rigorosamente todas as determinações legais e judiciais. A PMGO mantém compromisso com a ética, a moralidade e o cumprimento das leis, não admitindo quaisquer desvios de conduta.
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