Rússia mira país da América do Sul para construir usina nuclear de alta tecnologia
Mercado energético sul-americano ferve enquanto um ator inesperado acende o tabuleiro geopolítico

A energia voltou a ser um campo de disputa geopolítica em plena América do Sul, onde fragilidades nas redes elétricas e a necessidade de investimentos em infraestrutura atraem olhares externos.
Entre os grandes atores globais, a Rússia, via sua estatal nuclear Rosatom, tem intensificado propostas e negociações para ampliar sua presença no setor energético argentino, especialmente na construção de uma usina nuclear de alta tecnologia capaz de reforçar a capacidade elétrica do país.
Segundo os relatórios recentes sobre a estratégia russa na região, a Argentina figura como um dos países onde Moscou vê um potencial estratégico significativo. A cooperação entre Rosatom e autoridades argentinas começou formalmente em 2015 e foi renovada em diferentes governos, com a proposta original centrada em um reator de grande porte que utilize tecnologia avançada e ofereça maior segurança e eficiência.
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O objetivo declarado, além de diversificar a matriz energética, é reduzir os frequentes apagões que afetam partes do território.
Apesar dessas intenções, fontes diplomáticas confirmam que, até o final de 2025, negociações de grande escala permanecem sem avanços concretos. Segundo o embaixador russo em Buenos Aires, Dmitri Feoktistov, Moscou está pronta para colaborar, mas ainda aguarda um posicionamento claro das novas lideranças argentinas, que têm avaliado estratégias de energia com foco em tecnologias nacionais.
Paralelamente, a Argentina também tem debatido alternativas com outras nações e empresas, incluindo acordos com a China para projetos nucleares complementares.
A movimentação russa não está isolada no continente: além da proposta argentina, Rosatom mantém parcerias em países como Bolívia, onde já construiu um centro de pesquisa nuclear, e no Brasil, onde há negociações em curso sobre cooperação em tecnologia nuclear e potenciais aplicações de reatores menores.
Esses movimentos fazem parte de uma estratégia mais ampla de Moscou para reforçar laços políticos e econômicos na América Latina em um momento de sanções e pressões no cenário internacional.
No centro desse tabuleiro energético está a discussão sobre soberania, dependência tecnológica e investimentos em longo prazo, temas que prometem moldar não apenas o futuro da infraestrutura elétrica, mas também as relações estratégicas entre Buenos Aires, Moscou e outros atores globais nos próximos anos.
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