Estudo coloca Goiânia, Aparecida e Anápolis entre mais de 20 cidades goianas sob risco de desastres naturais

Mapeamento foi coordenado pela Casa Civil da Presidência da República em parceria com o Ministério das Cidades e reúne dados de todo o país

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Estudo coloca Goiânia, Aparecida e Anápolis entre mais de 20 cidades goianas sob risco de desastres naturais
Com menos áreas capazes de absorver a água da chuva, o volume escoa rapidamente para vias e córregos, sobrecarregando os sistemas de drenagem. (Foto: Reprodução)

Um estudo nacional colocou Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis entre mais de 20 municípios goianos classificados como áreas suscetíveis a desastres naturais durante o período chuvoso.

O levantamento aponta riscos de deslizamentos, enxurradas e inundações em pontos específicos dessas cidades.

O mapeamento foi coordenado pela Casa Civil da Presidência da República em parceria com o Ministério das Cidades e reúne dados de todo o país.

Ao todo, 1.942 municípios brasileiros aparecem na lista como vulneráveis a eventos geo-hidrológicos, que costumam se intensificar nos meses de chuva.

Além das três maiores cidades do estado, o levantamento inclui os municípios de Alexânia, Alvorada do Norte, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Aporé, Baliza, Caldas Novas, Cavalcante, Formosa, Goiânia, Goiatuba, Goiás, Guarani de Goiás, Israelândia, Itumbiara, Lagoa Santa, Luziânia, Novo Gama, Petrolina de Goiás, Planaltina, Senador Canedo, Simolândia, São Domingos e Uruaçu.

Risco combinado nas maiores cidades

O estudo aponta que Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis estão entre os municípios classificados com risco triplo, ou seja, sujeitos simultaneamente a deslizamentos, enxurradas e inundações.

A capital concentra o maior número de pontos mapeados em Goiás, com 4.260 áreas de risco identificadas.

Na sequência aparecem Senador Canedo, com 744 áreas, Aparecida de Goiânia, com 737 pontos, e Anápolis, que soma 393 áreas classificadas como vulneráveis, segundo o levantamento federal.

Situações já vividas na prática

Os dados reforçam situações que já vêm sendo registradas na prática em Goiás. Em Goiânia, uma forte chuva no início de dezembro provocou alagamentos em diversas regiões, incluindo a Marginal Botafogo, onde um motorista chegou a ficar ilhado dentro do carro e precisou ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros.

Já em Anápolis, temporais recentes colocaram o município entre os que registraram os maiores volumes de chuva no estado, próximos de 70 milímetros em menos de uma hora, segundo dados do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). As precipitações intensas causaram transtornos e colocaram as autoridades em estado de atenção.

Por que esses riscos aumentam

Especialistas apontam que o crescimento urbano desordenado, a ocupação de áreas de várzea e encostas, além da impermeabilização excessiva do solo, contribuem para o aumento dos riscos.

Com menos áreas capazes de absorver a água da chuva, o volume escoa rapidamente para vias e córregos, sobrecarregando os sistemas de drenagem.

O estudo também destaca que as mudanças climáticas têm intensificado a frequência e a intensidade dos eventos extremos, tornando chuvas fortes mais comuns e exigindo maior planejamento por parte dos municípios.

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Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com o Portal 6 desde 2022, atuando principalmente nas editorias de Comportamento, Utilidade Pública e temas que dialogam diretamente com o cotidiano da população.

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