Impossível não se emocionar com essa homenagem aos mais de 1.100 moradores de Anápolis que perderam a luta para Covid-19

Profissionais da linha frente preencheram balões brancos com o nome das vítimas e soltaram no céu da cidade para simbolizar a saudade deixada pelos entes queridos

Da Redação Da Redação -
Impossível não se emocionar com essa homenagem aos mais de 1.100 moradores de Anápolis que perderam a luta para Covid-19
Homenagem foi dedicada às mais de 1 mil vítimas da doença no município. (Foto: Divulgação/Secom)

A enfermeira Letícia Tavares Viana é uma das profissionais de saúde que batalham para salvar vidas no Centro de Internação Norma Pizzari, criado exclusivamente para tratar de pacientes com Covid-19 em Anápolis. Ela viveu o drama de cuidar do próprio marido, João Batista Viana, que não resistiu. “Ele ficou internado aqui no Norma, nós cuidamos dele e eu estou aqui por ele, hoje, fazendo o bem para as pessoas que ficaram.”

Nesta sexta-feira (14), Letícia e outros colegas da linha de frente prestaram homenagem às mais de 1.100 vítimas da doença. Balões brancos com o nome das vítimas preencheram o céu de Anápolis para simbolizar a saudade deixada pelos entes queridos. O ato marca a semana em que se comemora o Dia Internacional da Enfermagem.

“A Solange foi a primeira profissional de saúde que veio a óbito comigo, então é uma lembrança que vou guardar. Todas as vezes que eu penso, me emociono. Foi o primeiro nome que eu pensei em colocar aqui”, diz outra enfermeira.

Aline Oliveira tinha o sonho de ser mãe. A enfermeira Claudiane Valadares da Silva relembra da colega de trabalho com admiração. “A Aline deixou a filha com menos de cinco anos. A vontade dela de ser mãe era incrível”, conta a profissional.

O diretor do Centro de Internação, Aladim Nepomuceno Júnior, explica que a iniciativa surgiu de uma das colegas da equipe, para “demonstrar todo o amor que a gente tem por cada uma das pessoas que passou por aqui”. Um dos pacientes foi seu próprio pai, internado em 8 de março, falecendo nove dias depois.

“Às vezes é difícil entender uma doença que muito pouco se sabe, mas que os profissionais daqui cada dia mostram exemplarmente o que é sair de casa e se dedicar dia e noite em prol de alguém que nunca viram, mas que é pai de alguém, mãe de alguém, avô, avó, que completa uma família. Cuidamos como se fossem da nossa família”, conclui Aladim.

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