Sem projeto de aterramento, perigosa fiação aérea enfeia as ruas de Anápolis

Município ainda não tem planos de implantar sistema subterrâneo tampouco faz exigência para novos loteamentos

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Sem projeto de aterramento, perigosa fiação aérea enfeia as ruas de Anápolis
Em Anápolis, fiação aérea vive embolada e causa diversos problemas. (Foto: Reprodução)

Ruas limpas, sem a malfadada fiação aérea, é sonho para muitos anapolinos que gostam da cidade visualmente bela. Por ora, pelo menos, o aterramento dos fios segue no campo da imaginação.

De acordo com a Prefeitura de Anápolis, ainda não há nenhum projeto nesse sentido. A legislação municipal também não exige que os novos residenciais tenham fiação subterrânea.

A tradicional fiação aérea não só esconde a beleza arquitetônica, com poluição visual, mas também causa acidentes quando mal colocada.

Por outro lado, o cabeamento subterrâneo, mesmo que ainda distante da realidade nos bairros de Anápolis, reuniria uma série de benefícios.

A medida não é exclusividade do exterior. Cidades brasileiras, como Recife e Fortaleza, já investem no aterramento. São Paulo e Rio de Janeiro, em determinados bairros, também apostou na fiação subterrânea.

Ao Portal 6, a arquiteta Richara Moreira explicou que, além da questão estética, a modalidade reforça a segurança nas cidades.

“Este tipo de fiação evita alguns problemas de descarga na rede elétrica, diminui os famosos apagões, os riscos causados pela queda de raios. Tudo isso entra como benefício da implementação desse tipo de fiação”, contou.

“Eu acredito que esteticamente [melhora] essa questão da percepção da paisagem, da cidade em si, além da questão da infraestrutura que também faz parte. Você passa à ter menos poluição visual, as ruas ficam mais limpas, você tem a vegetação mais livre”, completou.

Por ter que reunir toda a rede elétrica em um mesmo sistema subterrâneo, a arquiteta relata que o custo da implementação é mais elevado que o habitual. Porém, se couber no planejamento da cidade, ela acredita que é uma opção viável.

“Na minha visão de planejadora urbana, de arquiteta, eu ainda acredito nesse mecanismo como uma forma de infraestrutura para a cidade que agrega todos esses valores. Mas também é preciso estar em acordo com as questões de gestão, planejamento do município”, finalizou.

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