Vendedor goiano é condenado após abraçar adolescente grávida e dar 14 facadas nas costas dela
Os dois estavam em uma união estável há cerca de 9 meses quando o crime aconteceu
O vendedor goiano Bruno Vieira de Espíndola foi condenado, nesta sexta-feira (03), pelo Tribunal do Júri da comarca de Catalão, a cumprir 11 anos e três meses de prisão em regime fechado por tentativa de feminicídio, após ter abraçado a adolescente grávida, Karollaine Cortes de Abreu, de 16 anos, e dado 14 facadas nas costas dela.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), consta na denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) que os dois estavam em uma união estável há cerca de 9 meses quando o crime aconteceu, no dia 31 de janeiro de 2022.
As agressões ocorreram no início da noite, no próprio quarto do casal, e a vítima, que esperava uma menina, teve diversos ferimentos principalmente na região do dorso.
O inquérito policial realizado após o crime constatou que a garota não veio a óbito apenas “por circunstâncias alheias à vontade do denunciado”.
Karollaine engravidou no início do relacionamento e logo ela e os pais tiveram conhecimento de que Bruno já contava com um histórico anterior de agressividade.
No entanto, sempre que estava próximo dos familiares, o vendedor demonstrava ser uma pessoa carinhosa que nutria profundo amor pela adolescente, dispensando assim suspeitas.
A realidade por trás de toda aquela afeição era diferente. Isso porque quando estavam sozinhos, o homem disparava ofensas, ameaças e agressões contra a companheira.
Ao perceber que a situação estava insustentável, Karollaine anunciou o fim do relacionamento, porém, foi novamente ameaçada juntamente com a família.
Cansada de tudo que estava acontecendo, a adolescente solicitou medidas protetivas de urgência e Bruno rapidamente tentou fazê-la mudar de ideia, alegando que a amava.
Já decidida que a separação realmente era a melhor saída, a vítima foi para o quarto arrumar as coisas para ir embora. Quando o companheiro a encontrou, ele solicitou um último abraço para se despedir e a esfaqueou por diversas vezes.
As agressões só pararam quando o pai ouviu os gritos da filha e conseguiu imobilizar o agressor, de modo a impedir que ele conseguisse matar a menina.
Durante a sentença, o juiz Luiz Antônio Afonso Júnior destacou que Bruno “demonstrou frieza, tendo procurado o avô da vítima momentos antes, quando conversou com ele, tomou cerveja e subtraiu a faca que utilizou na empreitada criminosa”.
Além disso, o magistrado levou em consideração que as consequências do crime vão além o tipo legal, já que até hoje Karollaine sofre com fortes dores nas costas e crises de ansiedade motivadas pelo ocorrido.