Dois presídios de Goiás podem passar a ser exclusivos para pessoas LBTQIAPN+
Ao todo, 200 detentos do estado que fazem parte da comunidade estão sendo monitorados para a migração
Duas unidades prisionais de Goiás podem passar a ser exclusivas para pessoas LBTQIAPN+. O assunto surgiu durante uma reunião, realizada na terça-feira (14), entre representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Direitos Humanos, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Goiás (SEDS) e policiais penais.
Até o momento, as localizações dos presídios ainda não foram divulgadas devido a possibilidade de mudança na proposta.
A iniciativa se trata de uma alteração da minuta de uma portaria que tem como objetivo estabelecer as diretrizes e normativas para a custódia, atendimento e tratamento dos prisioneiros que se enquadram no grupo.
Ao Portal 6, a vice-presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero do Conselho Federal da OAB, Amanda Souto, explica que apesar da alteração, os detentos poderão optar se almejam, ou não, realizar a migração de presídio.
“Não será algo compulsório. As pessoas precisam se autodeclarar e querer ir para lá. A resolução 348 do CNJ prevê esse direito de escolha e isso deve ser a regra em Goiás também”, afirmou.
Ao todo, 200 detentos do estado que fazem parte da comunidade LBTQIAPN+ estão sendo monitorados pelos representantes para a migração.
À CBN Goiânia, o diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires, afirmou que a falta de divisão existentes nos detentos atualmente dificulta no tratamento e na garantia de direito de alguns prisioneiros.
“Atualmente, esse grupo ficam em unidades comuns, separados apenas por selas ou alas. O que dificulta a tratativa e a garantia de alguns direitos específicos da população LBTQIAPN+” diz.
Segundo o profissional, uma nova reunião será realizada em breve para a avaliação e estudos da proposta.