Mãe e namorada que torturavam criança de 4 anos tentaram fugir da cidade

Jovens foram presas, respectivamente, na rodoviária e em restaurante às margens da BR-153

Davi Galvão Davi Galvão -
Mãe e namorada que torturavam criança de 4 anos tentaram fugir da cidade
Criança apresentava diversas contusões, cortes e queimaduras. (Foto: Reprodução)

Suspeitas de torturar uma criança, de apenas 04 anos, a mãe e a namorada foram presas nesta terça-feira (28) enquanto tentavam fugir de Morrinhos, no Sul de Goiás.

Elas, que têm 22 e 26 anos, foram encontradas, respectivamente, na rodoviária e em um restaurante às margens da BR-153. Segundo a Polícia Civil (PC), as duas vão indiciadas por tentativa de homicídio qualificada.

A denúncia foi realizada pela própria genitora, que comunicou à Delegacia de Morrinhos que as agressões teriam sido cometidas exclusivamente pela companheira. De acordo com a denunciante, ela havia recuperado guarda da filha há apenas dois meses e, desde essa época, a namorada não teria gostado da garota.

Porém, após as investigações iniciais e contradições apresentadas no testemunho, foi constatado que a progenitora não apenas tinha conhecimento dos fatos como também participava ativamente dos maus tratos.

“Tanto a mãe quanto a companheira agrediam a criança, conforme relatos de vizinhos”, informou o delegado Fernando Gontijo, responsável pelo caso.

Durante todo o período em que esteve na delegacia, a criança chamava pela avó, indicando que não desejava estar com a atual responsável.

Após investigarem a residência na qual a denunciante vivia com a filha e a parceira, foi constatado que o local era impróprio para a sobrevivência sadia da jovem. O espaço aparentava ser uma boca de fumo.

Lote no qual o trio vivia era inadequado para o desenvolvimento da criança. (Foto: Reprodução)

Devido à gravidade das lesões, a pequena foi encaminhada para o Hospital Municipal, sendo necessário a internação na UTI em Goiânia em razão das múltiplas lesões e queimaduras, nas mãos, braços e face.

Caso condenadas, as penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão. Além disso, a genitora da criança ainda responderá pela falsa comunicação de crime.

 

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