“Máfia de colombianos” em Goiânia emprestava dinheiro para adolescentes e as obrigava a pagar com prostituição

Situação vinha acontecendo há vários anos, mas foi descoberta e interrompida pela Polícia Civil, que segue investigando o caso

Samuel Leão Samuel Leão -
“Máfia de colombianos” em Goiânia emprestava dinheiro para adolescentes e as obrigava a pagar com prostituição
Responsável pela casa de prostituição foi presa em flagrante. (Foto: Reprodução)

“Descobrimos que existe uma máfia de colombianos agiotas, que emprestam dinheiro para meninas menores de idade e depois as mantém em uma casa de prostituição até que quitem os débitos”.

Essa forte revelação foi dada ao Portal 6 pelo delegado Humberto Teófilo, responsável pela investigação do caso.

A Polícia Civil (PC) descobriu o esquema na última quarta-feira (27). A casa fica localizada no setor Aeroviário, em Goiânia. A gestora do local, de 35 anos, foi presa em flagrante.

“Essa mulher que foi presa captava adolescentes, entre 14 e 17 anos, para se prostituírem, e os programas eram divididos, metade a metade, entre ela e as menores. Conseguimos flagrar uma das menores no local e efetuamos a prisão”, explicou o profissional.

O delegado revelou ainda que monitorou a casa durante 30 dias antes de dar sequência à operação que gerou o flagrante.

“Ali, o ponto funcionava há 4 anos, mas a agenciadora teve outro ponto com as mesmas atividades por outros 6 anos, no setor Jardim América. Apesar de ter sido presa, ela passou pela audiência de custódia ontem, portanto não é possível afirmar se ela continua encarcerada”, destacou.

Humberto explicou também que o aliciamento das menores ocorria em festas, e se prolongava pelo famoso “boca a boca”, com meninas convidando outras amigas.

O vínculo com a casa, porém, só se tornava obrigatório quando as adolescentes aceitavam empréstimos de três colombianos que compunham o esquema em Goiânia.

“Os colombianos não estavam presentes no momento da prisão em flagrante, então eles serão intimados para prestar esclarecimentos e terão que responder pelos crimes apontados”, finalizou o delegado.

Já a mulher responsável pelo local, responderá pelos crimes de exploração sexual de criança ou adolescente vulnerável, manter casa de prostituição, associação criminosa e rufianismo – que consiste em tirar proveito da prostituição alheia.

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