Por que viajar pelo Aeroporto de Goiânia tem se tornado um inferno para passageiros
Viajantes relataram ao Portal 6 os transtornos que viveram devido aos atrasos constantes
Dias de trabalho e compromissos perdidos, filas gigantes e viagens encurtadas são apenas algumas das experiências que passageiros goianos têm vivido ao passarem pelo Aeroporto de Goiânia nos últimos meses devido aos repetidos atrasos.
O Portal 6 recebeu relatos de diversos viajantes que apontaram para o mesmo problema: atrasos tanto para quem chega e quanto para quem sai da capital. À reportagem, Isabela Martins afirmou que teve nada além de problemas com os voos do Aeroporto de Goiânia.
A voo da Gol para Porto Alegre (RS), com conexão em São Paulo, no dia 07 de outubro, foi reagendado diversas vezes, o que complicou o transfer que a jovem havia contratado. Então, 2h antes do embarque, veio a notícia do cancelamento, o que a levou a ir até o aeroporto para conseguir ser colocada em outro voo, de outra companhia aérea.
Já na volta, no voo da Latam entre São Paulo (SP) e Goiânia, às 21h de 09 de outubro, os transtornos foram ainda maiores, fazendo com que fosse necessário passar a noite na capital paulista. “Comunicaram o atraso e meia-noite falaram que o voo foi cancelado e que só haveria opções no dia seguinte. Tive que pagar hospedagem em um hotel para evitar e fila gigante de atendimento e perdi um dia de trabalho”.
No caso de Karina Martins, os transtornos se deram entre Guarulhos (SP) e Goiânia no dia 16 de setembro. O voo da Gol, que era uma conexão entre Porto Seguro (BA) e estava marcado para pousar às 17h na capital goiana, foi cancelado, a deixando ilhada em São Paulo.
“Só remarcaram para o último voo do dia, às 23h55”, apontou, sendo que ela perdeu um compromisso devido ao atraso. Porém, o tempo perdido não foi o único desapontamento.
“Eu fiquei 7h a mais no aeroporto esperando e nisso vem gastos não esperados, além do próprio cansaço”, destacou. “Não falta demanda entre Goiânia e São Paulo (SP). Acredito que tenha sido overbooking e pegaram algumas pessoas para irem em outro voo”, suspeita.
Já Guilherme Fernandes não só esperou por horas devido a um cancelamento, como foi necessário aguardar em fila. O voo da Gol, marcado para o dia 26 de outubro, sairia às 17h35 de Goiânia rumo a São Paulo (SP) – uma conexão com destino final sendo o Rio de Janeiro (RJ). Porém, ele relatou à reportagem que a chamada para o embarque atrasou cerca de uma hora, sob a justificativa de que a aeronave não havia chegado.
Depois que todos os passageiros já estavam acomodados, aguardaram mais 40 minutos. “O piloto disse que estava fazendo testes padrão. Depois, falou que a aeronave foi rejeitada em um dos testes e o voo foi cancelado”. Em seguida, iniciou-se o longo processo estressante de reagendamento.
“Ficamos três horas na fila só para resolver. Era tudo muito lento. Tínhamos a sensação de que o pessoal não sabia bem o que estava fazendo”, afirmou. A solução oferecida a ele foi de um voo que sairia às 14h do dia seguinte, o que resultaria em uma perda de quase 24h do itinerário inicial.
Guilherme relatou que ele mesmo ofereceu uma alternativa ao atendente ao encontrar um voo da Azul pela internet que sairia pela manhã do dia seguinte. “Era uma viagem super curta, tínhamos um cronograma, e atrapalhou bastante”.
Para evitar tais problemas – assim como ter mais opções do voos por preços mais baixos -, todos os passageiros afirmaram considerar se locomoveram até o Aeroporto de Brasília (DF).
À reportagem, a Latam afirmou, em nota, que “não mede esforços para prestar a assistência necessária aos clientes, e reitera que todas as suas decisões visam garantir um voo seguro para todos”. A Gol não se posicionou até esta publicação.
Entretanto, o Portal 6 apurou que os atrasos de voos entre pousos e decolagens envolvem diversos fatores, por exemplo, condições meteorológicas adversas, problemas técnicos nas aeronaves e atrasos de outras conexões que impactam no aeroporto.