Pastor goiano acusado de aplicar golpe e prometer quatrilhões é condenado a 27 anos de prisão
Ele também terá que indenizar as vítimas no valor total de R$ 2,6 milhões, mais juros

Acusado de aplicar golpes milionários contra fiéis e de prometer até quatrilhões a uma vítima, o pastor goiano Osório José Lopes Júnior, de 43 anos, foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado. A decisão cabe recurso.
Conforme a sentença, emitida pela juíza da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, Placidina Pires, na quinta-feira (07), o líder religioso terá que indenizar nove vítimas no valor total de R$ 2,6 milhões, mais juros de correção monetária desde maio de 2018.
Ele também deverá pagar 117 dias-multa, no valor unitário de 2/30 do salário mínimo, além de ter os direitos políticos suspensos.
Em contrapartida, o pastor Alencar Santos Buriti, de 59 anos, e o comerciante Adilson Ney Lopes, de 58, que estavam sendo acusados por estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, em conluio com Osório, foram absolvidos.
Segundo a magistrada, não foram encontradas provas suficientes e necessárias para a condenação dos dois envolvidos pelo crime de estelionato.
Já em relação a Osório, a autoridade afirmou não ter dúvidas de que o pastor tinha a “intenção de prejudicar as vítimas” uma vez que ele induzia os fiéis a lhe darem dinheiro, imóveis, lotes e entre outros.
Durante a investigação, foi descoberto que Osório prometia pagar as pessoas que “emprestavam” a quantia a ele em valores até 100 vezes mais alto do que os que haviam sido repassados.
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Ele ainda afirmava que tinha supostos títulos de dívida agrária (TDA) com valores bilionários que teriam sido doados por um empresário do Tocantins, após o líder religioso curar a filha do profissional.
Por isso, ele dizia que necessitava dos recursos das vítimas para fazer o resgate dos mesmos. No entanto, durante o processo, Osório alegou que o dinheiro que receberia viria de títulos financeiros chamados “pet shiller” e que não poderia repassar informações sobre o resgate.
Os golpes teriam sido aplicados entre novembro de 2013 e junho de 2014, contra moradores de Leopoldo de Bulhões, onde o acusado tinha uma igreja na época, além também de Goianésia.