Empresário de Anápolis que instalou câmera em banheiro também é investigado por estupro de criança

Após caso tornar público, vítima decidiu buscar delegacia para revelar tudo que sofreu

Samuel Leão Samuel Leão -
Empresário de Anápolis que instalou câmera em banheiro também é investigado por estupro de criança
Francismar Fernandes da Silva foi preso após descoberta do crime. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Uma nova vítima denunciou o empresário Francismar Fernandes da Silva, de 36 anos, desta vez pelo crime de estupro, que ele teria cometido quando ela tinha 10 anos. O homem já estava sendo investigado pela micro câmera instalada no banheiro de uma família, em Anápolis.

Em entrevista ao Portal 6, nesta terça-feira (30), a delegada Aline Lopes, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), relatou que a denúncia só foi ocorreu devido à divulgação do caso envolvendo o suspeito.

“A vítima não denunciou anteriormente por medo de não acreditarem nela, mas quando ela viu que ele foi preso, se encorajou e recebeu apoio dos familiares. Durante o interrogatório sobre o caso, Francismar permaneceu em silêncio”, revelou.

A garota, que possui ligação de parentesco com o suspeito, denunciou que ele a obrigava a assistir vídeos pornográficos enquanto realizava os abusos, ainda na infância. Durante um longo período, ela manteve a situação em segredo por medo dos familiares não acreditarem.

“Francismar será investigado por estupro de vulnerável e, a depender da perícia, pode responder por outros crimes. Os familiares dele também optaram por se manter em silêncio, e não colaboraram com a investigação”, completou.

Além desse caso, a delegada também relatou estar investigando a possibilidade de novas vítimas da câmera escondida, pois descobriram que o equipamento estava lá antes mesmo da família que o flagrou se mudar.

Em tempo

Após ser flagrado invadindo a residência que havia alugado para uma família, Francismar foi preso no dia 19 de abril. Na casa, foi encontrada uma câmera escondida que filmava o banheiro utilizado por duas adolescentes e por uma criança.

“Como é mais de um crime, a pena vai depender do cálculo que o juiz irá fazer, pois foram várias pessoas. No caso do crime envolvendo os menores, a pena máxima é de oito anos, em tese, como são dois, daria 16 anos de prisão”, finalizou a delegada.

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