De Goianésia, mãe e filho têm 8 anos de diferença em documentos e verdade é descoberta pela família: “não foi um acidente”
Tudo seria parte de plano arquitetado pela anciã
Se tem algo que não há como escapar, correr ou contornar, é o tempo. Alguns lidam com o inevitável de forma plena, aceitando o passar dos anos como são. Já outros, resmungam e lamentam cada vela de aniversário soprada. E há aqueles, como a Dona Helena, nascida em Formigas, em Minas Gerais (MG), mas criada em Goiás, que tomam atitudes drásticas e até engraçadas tentando alterar a ordem natural.
A centenária, batizada como Maria Madalena Delmondes (conhecida como Dona Helena), residente em Goianésia e com 102 anos, segundo os parentes, chegou a mentir a própria idade na hora de se registrar. O resultado? Na certidão de nascimento, ela ficou com idade próxima ao filho primogênito, com diferença de 08 anos.
Apesar do documento oficial constar que a idosa nasceu em 1932, parentes explicam que o dado foi colocado incorretamente, sendo tudo parte do plano dela.
Em entrevista ao Portal 6, a neta da centenária, Giselia Lélo, de 45 anos, contou como a família descobriu o “erro” e as motivações por trás.
“Há um tempo, uns 15 anos mais ou menos, tava todo mundo junto em casa e surgiu esse assunto de idade, daí eu comentei que minha vó [Dona Helena] estava prestes a fazer 70 anos. Nisso, o meu tio, filho dela, veio lá da cozinha e falou que isso era impossível, só se ela tivesse nascido ‘já parindo’, porque ele é quem tinha 70”, contou.
A partir daí, instaurou-se a dúvida e curiosidade entre os familiares sobre a real idade de Helena e as incoerências.
“A gente foi ver e caçar esses papeis, muito antigos né, difícil achar, mas a gente conseguiu. E lá, realmente, não me lembro ao certo, mas falava que ela era só oito anos mais velha que meu tio, que ela tinha nascido na década de 20. Daí, a gente foi falar com ela e realmente ela disse que não foi um acidente, mas algo proposital. Na hora de registrar os meninos dela, ela aproveitou também para fazer os documentos dela própria, normal naquela época, e aí mentiu a idade porque não gostava de parecer velha, o pessoal do cartório não disse nada, e ficou assim”, explicou.
Conforme Gisélia, a avó teve diversos filhos e, quando eles faziam dois, três anos, os colocava para adoção, motivo este pelo qual a família demorou a encontrar todos os parentes e pôr a história a limpo.
Atualmente, ela mora com alguns descendentes em Goianésia, que cuidam da anciã da melhor maneira que podem, independentemente do tempo de vida ou do que foi registrado em cartório.