Semusa alega obesidade para justificar negligência na morte de paciente em Anápolis

Segundo a pasta, ela foi mantida entubada e houve várias tentativas de remoção

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Semusa alega obesidade para justificar negligência na morte de paciente em Anápolis
Unidade de Pronto Atendimento Dr. Alair Mafra Andrade, na Vila Esperança. (Foto: Divulgação)

A Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis (Semusa) revelou maiores detalhes a respeito da morte de uma mulher, de 48 anos, que faleceu neste sábado (24), na UPA Alair Mafra de Andrade, localizada na Vila Esperança. Conforme a pasta, ela não teria recebido o devido atendimento devido “ao quadro de obesidade da paciente”.

A mulher foi internada  na UPA da Vila Esperança, já em coma, na última terça-feira (20), após um desmaio súbito. Sob suspeita de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), seria necessário realizar um exame de imagem para confirmar o diagnóstico. No entanto, o equipamento da unidade está em manutenção.

Diante disso, o protocolo estabelecido era de transferir os pacientes para o Hospital Evangélico Goiano (HEG). A mulher, porém, não foi transportada por conta do quadro de obesidade que apresentava, apontou a Semusa.

A pasta destacou ao Portal 6 que, além de terem realizado várias tentativas de remoção, o “equipamento não seria capaz de suportar o peso da paciente”.

Conforme teria informado o marido dela à equipe da unidade de saúde, ela pesava 200 kg e, segundo a secretaria, o peso máximo suportado pelos tomógrafos da UPA e das unidades onde houve a abertura de vagas é de 140 kg.

“Foram cedidas vagas no Hugol e Heana, mas os tomógrafos dessas unidades também eram incompatíveis com o peso. O tratamento foi mantido na Sala Vermelha da UPA, que funciona como UTI, com toda a equipe assistencial, mas infelizmente ela veio a óbito”, afirmou.

Além disso, a Semusa informou que ambulâncias do Samu e de uma empresa privada, contratada pela UPA, tentaram a remoção, “mas não conseguiram retirarem-na do leito pela instabilidade respiratória que ela apresentava”.

Vale destacar que a nota afirmou que a paciente chegou à unidade por meios próprios. Contudo, não foi identificado que meio de transporte ela utilizou.

Com a palavra, a Semusa:

A UPA Alair Mafra de Andrade informa que a paciente deu entrada com problemas respiratórios e foi entubada. Foram várias tentativas de remoção, mas todas sem sucesso devido ao quadro de obesidade da paciente. O tomógrafo da unidade está em manutenção e, por ora, os exames deste tipo são feitos no Hospital Evangélico Goiano, com transporte da própria UPA. Em todo caso, o equipamento não seria capaz de suportar o peso da paciente.

Foram cedidas vagas no Hugol e Heana, mas os tomógrafos dessas unidades também eram incompatíveis com o peso. O tratamento foi mantido na Sala Vermelha da UPA, que funciona como UTI, com toda a equipe assistencial, mas infelizmente ela veio a óbito.

A UPA Alair Mafra de Andrade informa que a paciente chegou à unidade por meios próprios. O marido informou à equipe que ela pesava 200 kg. Ambulâncias do Samu e de uma empresa privada, contratada pela UPA, tentaram a remoção, mas não conseguiram retirarem-na do leito pela instabilidade respiratória que ela apresentava. O peso máximo suportado pelos tomógrafos da UPA e das unidades onde houve a abertura de vagas é de 140 kg. Sobre os procedimento adequados é a busca por equipamentos que suportem um peso maior, o que foi feito.

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