CDL Goiânia desmente boatos sobre taxação do Pix
Novo sistema amplia a coleta de dados financeiros de transações a partir de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas
Frente ao frenesi causado pelo anúncio das mudanças, feitas pelo Governo Federal, no monitoramento de movimentações via Pix, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia lançou uma campanha informativa para esclarecer a novidade, que já começou a valer neste mês.
De acordo com a Receita Federal, o novo sistema amplia a coleta de dados financeiros de transações a partir de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. As informações serão enviadas por instituições financeiras, como bancos e operadoras de pagamento, e incluem movimentações feitas via Pix. O monitoramento faz parte do CRS (Padrão de Declaração Comum), um acordo internacional para combater a evasão fiscal.
O gerente de negócios da CDL Goiânia, Wanderson Lima, destacou que a entidade busca tranquilizar empresários e consumidores. “É importante combater os boatos que geram insegurança, especialmente entre pequenos empresários. Estamos trabalhando para fornecer informações claras e confiáveis por meio dos nossos canais oficiais”, afirmou.
Assim, Robinson Barreirinhas, secretário especial da Receita Federal, esclareceu que não haverá cobrança ou impacto direto para o cidadão comum. “O sigilo bancário está protegido, e a Receita não terá acesso a dados pessoais ou comerciais de quem realiza transferências. Apenas os valores serão informados”, explicou.
O monitoramento será feito pela plataforma e-Financeira, substituindo a antiga Decred (Declaração de Operações com Cartões de Crédito). O sistema automatiza o envio de informações financeiras e dispensa a necessidade de ação por parte dos clientes. A Receita reforça que essas mudanças não criam novos impostos nem alteram a tributação vigente.
Apesar das explicações, buscas por termos como “taxa Pix” e “imposto Pix” dispararam no Google, impulsionadas por publicações nas redes sociais. Segundo especialistas, a disseminação de fake news sobre o tema prejudica a confiança nas novas medidas e gera confusão desnecessária entre usuários do sistema de pagamentos.