Após denúncia de 26 mil pedidos de afastamento, MPGO vai investigar atestados emitidos na Prefeitura de Goiânia
Quantidade de processos seria quase o mesmo do efetivo total de servidores públicos da capital
Após a Prefeitura de Goiânia anunciar que 26 mil pedidos de afastamentos por licença-saúde e outros motivos foram emitidos a servidores públicos durante o ano de 2024, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) passou a investigar uma suposta má gestão de atestados.
A informação foi divulgada em primeira mão pela TV Anhanguera. O número alto impressiona ainda mais quando comparado ao efetivo total de servidores – que corresponde a 30 mil funcionários, segundo relato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Goiânia (SindiGoiânia), Ronaldo Gonzaga, à emissora.
De acordo com a Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura de Goiânia, 8,5 mil casos aguardam perícia médica, enquanto 1,5 mil servidores já estão afastados. Essa quantidade é contestada pelo sindicato, que defende que menos de 800 servidores efetivos estão nessa condição.
Prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB) afirmou à TV que mais de 100 casos de falsos atestados já foram comprovados com filmagem, e que o caso conta com ação de um serviço de inteligência da administração municipal.
Segundo o MP-GO, a apuração ainda está em fase inicial, e o número real de servidores afastados e de pedidos de perícia médica na prefeitura da capital ainda não pode ser determinado. A investigação acontece na 50ª Promotoria de Goiânia, no âmbito da Junta Médica do município.