Vigilância Sanitária de Anápolis esclarece: carne de cavalo pode ser usada em hambúrguer?
Portal 6 conversou técnico do órgão, que falou sobre os procedimentos necessários para comercialização


Ao contrário do que muitos acreditam, o consumo de carne de cavalo é permitido no país desde 2017. Inclusive, boa parte dela é vendida de forma processada e moída – a fim de chegar às câmaras frias de açougues, supermercados e afins em formato de hambúrguer.
Entretanto, o diretor de Saúde da Vigilância Sanitária de Anápolis, Daniel Soares Barbosa, explica que para chegar ao consumidor final o procedimento deve ser o mesmo que o praticado para o bovino, ou seja, precisa do selo de inspeção da Agrodefesa ou do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
“Assim como os bovinos, os equinos precisam passar pela fiscalização da criação, abate, inspeção e desossa, por exemplo, dentro das práticas sanitárias”, reforçou ao Portal 6.
Muito diferente do que foi presenciado por forças policiais e membros da Agrodefesa – que estiveram tanto no abatedouro de cavalos encontrado na zona rural de Anápolis quanto no galpão de armazenamento e processamento localizado na Vila União na noite de segunda-feira (10).
No primeiro, as imagens revelam uma área insalubre – sendo um cercado de madeira e matadouro sem nenhuma higiene – sendo que os cavalos eram arrastados no chão de cimento, quando eram presos no giral e – possivelmente – mortos com machadadas. “É um verdadeiro filme de terror”, relembrou a vereadora Seliane da SOS (MDB).
Já no galpão, onde forças policiais aguardam mandado judicial para adentrarem, funcionários só trabalhavam durante a madrugada – evidenciando a tese da clandestinidade.
Saúde pública
“Desde intoxicação até doenças que os próprios animais podem ter”, resumiu Daniel sobre as consequências do consumo da carne de equinos vendida em Anápolis.
Ele frisou que o resultado é semelhante ao de outros animais que são processados clandestinamente, como suínos e bovinos.