Relatório mostra problemas graves na Saúde em Goiânia
"Saúde pública precisa ser um espaço de confiança, segurança e dignidade”, pontuou o secretário Marco Aurélio Batista de Sousa, responsável pelo órgão de controle


Um relatório divulgado pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) expôs um cenário alarmante na rede pública de saúde de Goiânia. O documento revela deficiências graves no atendimento básico e emergencial oferecido à população.
Conforme publicado pelo jornal A Redação, durante os primeiros 100 dias da atual gestão municipal (2025–2028), técnicos do TCM visitaram 81 unidades de atenção básica e 13 de urgência e emergência.
A análise aponta problemas que vão desde a falta de medicamentos até estruturas físicas precárias, passando ainda pela escassez de profissionais e o mau estado de conservação de equipamentos.
Entre os principais achados no documento estão:
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67,9% das unidades básicas não têm gestor nomeado, o que compromete a coordenação dos serviços prestados;
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Mais de 80% dos postos relataram desabastecimento de medicamentos essenciais, como antibióticos, analgésicos e psicotrópicos;
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76% das salas de vacinação funcionam de forma irregular ou estão desativadas, sem qualquer plano de substituição de profissionais em caso de ausência;
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Equipamentos como ar-condicionado, autoclaves e cadeiras odontológicas estão danificados ou fora de funcionamento;
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A estrutura física das unidades é crítica, com infiltrações, forros danificados, banheiros inoperantes e ausência de acessibilidade;
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Mais de 90% dos colaboradores relataram sentir-se inseguros no ambiente de trabalho.
Diante das constatações, o órgão de controle propôs um Plano de Ação que estabelece prazos para que a Secretaria Municipal de Saúde corrija os problemas identificados. O objetivo é garantir melhorias tanto na infraestrutura quanto na qualidade do atendimento prestado à população.
O cumprimento das metas será monitorado pelo próprio TCM-GO, que acompanhará de perto as ações adotadas pela gestão municipal.
Segundo o secretário Marco Aurélio Batista de Sousa, responsável pela Secretaria de Controle Externo de Políticas Públicas, o foco da fiscalização é gerar impacto positivo na vida da população. “Nosso papel é garantir que a fiscalização se traduza em melhorias reais para os cidadãos. A saúde pública precisa ser um espaço de confiança, segurança e dignidade”, afirmou.
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