UFG elege nova reitora após processo eleitoral polêmico
Resultado será enviado para Presidência da República, que dará a palavra final sobre quem assumirá gestão da universidade
Sandramara Matias Chaves foi eleita a nova reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), após um polêmico processo eleitoral.
O resultado da votação foi divulgado no final da noite desta quarta-feira (25) pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo).
Contudo, o processo eleitoral não foi dos mais tranquilos. Isso porque Camila Cardoso Caixeta, vice da chapa com Sandramara, recebeu ataques por meio de e-mails anônimos, às vésperas da votação.
Na ocasião, ela foi acusada de desmanchar diversos programas e bolsas oferecidos pela UFG, quando foi diretora de Assistência Estudantil, ainda na gestão de Edward Madureira.
O caso forçou a Comissão Organizadora da Consulta (COC) a se posicionar, emitindo uma nota de repúdio contra as denúncias, classificadas como uma prática que estimulam “a desinformação, a perseguição individual e o desgaste institucional”.
Lista tríplice
Vale destacar que, embora eleita, a chapa de Sandramara e Camila pode não assumir o cargo. Isso porque existe todo um processo burocrático, no qual o COC enviará o resultado para aprovação no Conselho Universitário (Consuni).
Contudo, ao final das apurações eleitorais, é formada uma lista tríplice, na qual é apontada a ordem das chapas com mais votos. Assim, na sequência também constará a chapa formada pelos professores Karla Emmanuela Hora e Eliomar Araújo de Lima.
Em seguida, o documento seguirá para o Ministério da Educação (MEC) e para a Presidência da República, que dará a “canetada final” para decidir quem, de fato, será a próxima reitora.
No entanto, vale destacar que Sandramara já havia vencido a consulta à comunidade acadêmica em 2021.
Porém, o então presidente Jair Bolsonaro “ignorou” a indicação da lista tríplice e nomeou Angelita Pereira de Lima como reitora.
