Essa escolha definiu a sobrevivência de jovem que acompanhava adolescente que morreu eletrocutada em Goiânia
Nathaly Rodrigues do Nascimento atravessava a rua durante um temporal quando sofreu o choque elétrico

O jovem que acompanhava a adolescente Nathaly Rodrigues do Nascimento, de 17 anos – que morreu após sofrer uma descarga elétrica durante um temporal em Goiânia – só sobreviveu porque não fez movimentos bruscos.
Foi o que explicou o engenheiro eletricista Jovanilson Freitas ao O Popular. Segundo o especialista, a decisão de não pisar na água energizada foi fundamental para sobreviver.
Nas imagens que mostram o momento da tragédia, o jovem, Wil Robson, é visto caindo de joelhos. Mesmo diante do acidente, ele permanece nessa posição, se afastando ainda ajoelhado.
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“Ele não se levanta, e para se afastar daquele ponto onde está o cabo energizado, ele sai arrastando o joelho de forma a não criar realmente a tensão de passo”, explica o profissional.
Isso significa que o jovem não criou uma diferença de potencial. Na prática, ele manteve os dois pés em áreas com “eletricidades iguais”. Se tivesse colocado um pé em um local seguro e pisado com o outro em um ponto energizado, a diferença faria com recebesse o choque.
Wil Robson contou, em entrevista à TV Anhanguera, que acompanhava Nathaly porque ela havia oferecido abrigo sob o guarda-chuva. Ele detalhou a sensação logo após o acidente.
“Cada rastejada eu sentia o choque de novo. Eu não podia encostar em nada, nem no carro ao meu lado, e muito menos nela. Não podia me levantar, porque levaria outro choque. Fiquei calmo, pedi a Deus para me dar força para continuar e fui rastejando até conseguir sair”, relatou.
O especialista recomenda: nessas situações, o melhor é ficar prioritariamente agachado. Se for andar, deve-se dar passos muito curtos, que só criam energização na área próxima. Movimentos bruscos são os mais perigosos.
“Primeiro passo é juntar os pés e a hora que for se movimentar, não encostar em nada, principalmente alguma coisa metálica, e sair daquela situação andando passo a passo e arrastando, jamais levantando os pés”, explica Jovenilson.
Em tempo
Nathaly voltava do trabalho, em uma papelaria, quando sofreu o choque elétrico, no final da tarde da última terça-feira (23). Ela ia em caminho a Bonfinópolis, onde morava.
O falecimento gerou comoção nas redes sociais, onde a adolescente foi descrita como uma estudante dedicada, uma pessoa de alegria contagiante e espírito de companheirismo que contagiava.
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