Goiânia e Aparecida adotam nova política contra metanol

Mudança foi orientada por nota técnica do Ministério da Saúde após chegada de antídoto contra o solvente letal

Davi Galvão Davi Galvão -
Casos de intoxicação por metanol seguem crescendo. (Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF)
Bebidas contaminadas por metanol não sofrem alterações visíveis a olho nu (Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF)

Goiânia e Aparecida de Goiânia confirmaram que já estão seguindo as novas orientações do Ministério da Saúde no atendimento de casos envolvendo intoxicação por metanol.

O diagnóstico e o tratamento de casos de intoxicação por metanol em Goiás agora levam em conta histórico de consumo de álcool, sintomas apresentados e resultados de exames laboratoriais.

A situação passa a ser considerada suspeita quando os sintomas persistem ou pioram entre 6 e 72 horas após a ingestão.

Entre os sintomas estão sensação de embriaguez, desconforto gástrico e visão turva, podendo evoluir para convulsões, coma e até cegueira.

O documento, enviado na quinta-feira (9), estabelece condutas para casos suspeitos ou confirmados, incluindo monitoramento de sinais vitais, aplicação de soro intravenoso e realização de exames laboratoriais com coleta de sangue e urina.

O tratamento específico é feito com antídoto, que previne a formação de ácido fórmico. A Secretaria da Saúde de Goiás (SES) recebeu 52 ampolas de Fomepizol na sexta-feira (10), armazenadas no Centro de Informação Toxicológica de Goiás (Ciatox-GO).

O Ministério da Saúde orientou que todos os casos suspeitos e confirmados sejam notificados ao Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional), por telefone (0800-644-6645) ou e-mail ([email protected]).

Balanço

Até o momento, nenhum óbito foi registrado oficialmente em Goiás por intoxicação com metanol.

No total, o estado registrou sete notificações de intoxicação por metanol: dois estão em investigação, quatro foram excluídos e um descartado, de acordo com a SES.

Os dois casos sob investigação são de uma mulher de 25 anos, de Itapaci, internada no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), e um jovem de 20 anos, de Formosa, que recebeu alta após atendimento.

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Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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