Estudantes do 1º ano do ensino médio conquistam vaga para medicina em Anápolis e decisão surpreende
Alissa Costa e Davi Paixão comemoram a conquista e contaram ao Portal 6 quais são os próximos planos para o futuro

Foi com surpresa e alegria que dois alunos do Colégio Galileu, em Anápolis, receberam a notícia de que foram aprovados para cursar medicina na UniEVANGÉLICA. O que já costuma ser uma comemoração, dada a dificuldade para ingressar na graduação, foi potencializada pela idade: ambos sequer concluíram o 1º ano do ensino médio.
Davi Paixão tem 16 anos. Alissa Costa ainda tem 15. Em entrevista ao Portal 6, ambos contaram reações e objetivos semelhantes, embora cada um tenha as próprias particularidades.
Davi conta que se sentiu tranquilo ao prestar o vestibular. “Minha intenção era só treinar… ter experiência de prova, conhecer as questões. Passei ‘sem querer’.”
Falando sobre a aprovação tão cedo, faltaram palavras para conseguir descrever a sensação: ele foi objetivo e disse, sem qualquer hesitação, estar “feliz e muito surpreso”. “Foi muito surpreendente”, resume.
Alissa se deparou com a mesma emoção: “no começo, achei que não ia passar. Mesmo que não possa cursar, estou muito feliz pelo resultado”.
O espanto não vem da falta de preparação. A estudante se dedicou por meses, adiantando assuntos do 2º e do 3º ano para poder se preparar e conhecer a prova mais de perto.
Além de querer treinar, ela admite que tinha um segundo objetivo: “não vou mentir, queria ver o resultado. Mas não [prestei o vestibular] só por buscar essa conquista”.
Embora não tenha se desdobrado sobre conteúdos além do 1º ano, Davi também conta que tinha uma rotina bem definida. O hábito que mais leva à risca é o da leitura.
O adolescente explica que se interessa mais por livros de ficção científica e fantasia. Mas esclarece: “leio porque gosto, não sinto como se fosse uma obrigação”. O pai dele, Alessandro, diz que o filho chega a ler 40 páginas todos os dias, completando 40 livros anualmente.

Davi Paixão com a família. (Foto: Arquivo pessoal/Alessandro Paixão)
E a reação dos pais?
Alessandro descreve que foi uma “alegria muito grande” se deparar com os resultados. “A expectativa que tínhamos era de que ele tivesse somente a redação corrigida. Era o nosso objetivo, porque nem todos os inscritos têm. E ele se saiu muito bem, foi muito bem na redação…”.
Marcella, mãe de Alissa, conta que, mesmo feliz, não ficou surpresa. “Olha, eu não estou surpresa. Ela disse que queria fazer o vestibular, eu não queria forçar. Mas quando apareceu o resultado, pensamos ‘meu Deus, é verdade’. Mesmo esperando, foi um choque bom”.

Alissa Costa com a família. (Foto: Arquivo pessoal/Marcella Costa)
Próximos planos
Questionados sobre as graduações que pretendem cursar, os estudantes dão respostas diferentes. Alissa explica que o objetivo, desde criança, é justamente medicina.
“Meu pai é médico e minha mãe cursou enfermagem, mas eu sempre tive um interesse próprio”, esclarece. Ao fazer o vestibular, ela “queria saber se esse sonho estava no meu alcance ou se eu deveria pensar em outros cursos que eu gostaria na mesma área”.
Agora, Alissa pretende se preparar para os próximos. Ela é honesta: “como alunos, a gente não tem vontade de fazer mais prova nenhuma”, ri. “Mas quero continuar fazendo vestibulares, conhecendo, estudando”.
Já Davi explica que tem certeza de que quer cursar uma graduação na área das ciências biológicas, mas não considera apenas medicina como opção.
Sobre o futuro, ele é claro: “quero continuar fazendo outros vestibulares, também para as universidades federais… para continuar aprendendo mais”.
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