Itens que a classe média costuma colocar na sala de estar e que viraram parte da decoração brasileira

Peças simples e cheias de história que traduzem mais do que estilo, mas identidade e pertencimento

Gabriel Yuri Souto Gabriel Yuri Souto -
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(Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

Há décadas, as salas de estar brasileiras funcionam como um pequeno retrato social: um espaço onde a identidade da família se materializa em detalhes aparentemente simples.

Para a classe média, especialmente a que cresceu apertando o orçamento, esses ambientes sempre foram mais que cenário: eram ponto de encontro, sala de aula improvisada, espaço de celebração e, muitas vezes, o lugar onde as histórias passavam de geração a geração. É ali que objetos modestos, mas cheios de significado, ajudam a contar quem somos.

Segundo dados do IBGE sobre hábitos domésticos e distribuição de renda, ambientes compartilhados continuam sendo o centro da vida familiar no Brasil, sobretudo em casas onde a rotina é construída de forma coletiva. E justamente por isso certos itens se repetem de norte a sul, não como modismo, mas como costume enraizado.

Símbolos de pertencimento que atravessam gerações

O primeiro deles é a parede de fotos, sempre instalada perto do corredor ou acima do sofá. Estudos sobre acervos familiares apontam que fotografias expostas funcionam como mecanismos de memória e pertencimento.

Nessas paredes convivem formaturas, casamentos, retratos escolares e lembranças de avós. Nada precisa combinar: o que vale é a história que se sobrepõe, camada por camada.

Outro item emblemático é a televisão grande, quase sempre apoiada em um móvel funcional com gavetas cheias de cabos, controles antigos e jogos. A TV continua sendo o principal eletrodoméstico de integração familiar. Ela vira ponto de encontro para novelas, notícias, filmes, futebol e tempestades, formando uma espécie de “janela coletiva”.

As famílias também mantêm prateleiras com troféus do cotidiano — certificados baratos, lembranças escolares, canecas de viagem, objetos herdados. São pequenos museus caseiros.

A estética do afeto e da funcionalidade

Elementos como sofás com cobertores artesanais, plantas cultivadas em potes reaproveitados e frases na parede reforçam valores, paciência e humor doméstico.

Pesquisas sobre práticas culturais no lar, apontam que esses objetos criam sensação de estabilidade e acolhimento.

Também é comum haver quadros brancos ou calendários organizando turnos, contas e compromissos, além de toques sazonais simples, como velas ou pequenas decorações festivas.

Por fim, quase toda sala guarda uma cadeira querida, usada por todos, símbolo de descanso e cumplicidade.

Esses itens, mais do que decorar, fazem a sala falar. Revelam rotina, resiliência e laços invisíveis — um retrato sincero da classe média brasileira.

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Gabriel Yuri Souto

Gabriel Yuri Souto

Redator e gestor de tráfego. Especialista em SEO.

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