Peixe comum na mesa dos brasileiros é proibido em estado após alerta
Medida mira risco sanitário ligado a vírus que pode dizimar criações e reacende debate sobre importação de pescado no Brasil

Um dos peixes mais consumidos no Brasil entrou no radar das autoridades sanitárias e acabou barrado em um estado do país. Em Santa Catarina, a tilápia importada do Vietnã passou a ser oficialmente proibida após o governo estadual acender o sinal de alerta para possíveis riscos à cadeia produtiva e à segurança sanitária.
A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial nesta quinta-feira (17) e veta, em todo o território catarinense, a importação, a comercialização e a distribuição do pescado vindo do país asiático. A medida atinge desde o produto in natura até versões congeladas e industrializadas.
Segundo o governo estadual, a restrição foi adotada porque a autorização federal para a importação ocorreu antes da revisão completa dos protocolos sanitários. Além disso, não teria havido uma avaliação técnica aprofundada sobre os riscos relacionados ao vírus TiLV (Tilapia Lake Virus), uma doença que afeta diretamente a aquicultura de tilápias.
O TiLV é considerado altamente perigoso para a produção aquícola, já que pode provocar taxas de mortalidade que chegam a 90% entre os peixes infectados. Em 2024, justamente por esse risco, a importação da tilápia vietnamita havia sido suspensa no país. No entanto, em abril deste ano, o governo federal voltou a liberar a entrada do pescado.
A portaria estadual deixa claro que a proibição abrange todas as formas do produto: tilápia fresca ou congelada, inteira, eviscerada, em postas, filés, além de subprodutos destinados ao consumo humano, alimentação animal ou processamento industrial. O documento é assinado pelo secretário Executivo da Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo.
Com a nova regra em vigor, estabelecimentos que já tenham adquirido a tilápia importada do Vietnã devem interromper imediatamente qualquer tipo de venda ou distribuição. A fiscalização ficará sob responsabilidade da Vigilância Sanitária, do Procon-SC e de outros órgãos de defesa do consumidor, que poderão aplicar penalidades em caso de descumprimento.
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