Marcado o julgamento dos estudantes da Anhanguera que praticavam atentados com bolinha de gude
Polícia registrou oito vítimas feridas e 11 concessionárias e lojas em Goiânia que tiveram as vidraças destruídas pelo grupo
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Os estudantes de medicina veterinária da Faculdade Anhanguera de Anápolis que protagonizaram vários atentados com bolinha de gude em Goiânia serão julgados a partir de março do ano que vem.
Adriano Araújo Dias, de 24 anos, Ygo Murilo Maria Silva, de 29, Antônio Carlos Vieira, de 22, e Andressa Gomes Ramos responderão pelos crime de lesão corporal e danos ao patrimônio público. A Polícia Civil registrou oito vítimas feridas e 11 concessionárias e lojas em Goiânia que tiveram as vidraças destruídas pelo grupo. Tudo ocorreu no mês de abril deste ano.
O caso também chegou ao Ministério Público de Goiás como tentativa de homicídio, mas esse enquadramento foi desqualificado, embora a “diversão” dos estudantes pudesse ter provocado uma tragédia maior, como é o caso de Jocilan Cruz da Silva, de 46 anos, que trabalha como chapa na BR-060. Ele foi atingido por disparos de bolinha de gude na boca e perdeu todos os dentes.
Algumas pessoas que também sofreram atentados só souberam que eram vítimas do grupo quando o caso apareceu na imprensa.
Brinquedo-arma
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Para a Polícia os estudantes confessaram que praticaram os atentados por pura diversão. (Foto: Polícia Civil)
Moradores dos setores Bueno e Nova Suíça, bairros nobres da capital, os estudantes vinham juntos para Anápolis. Do carro, carregado de bolinhas de gude, estilingue e muita maldade, eles atiravam nas vidraças de concessionárias e também em pessoas. Quando foram presos não negaram os crimes e afirmaram que agiam por diversão.
Registro negado
De classe média, os universitários respondem o processo em liberdade. Caso terminem o curso superior, eles poderão ter o registro negado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária. É que uma resolução baixada em 2013 pela autarquia, que possui atribuições constitucionais de fiscalização e normatização do execício da profissão de médico veterinário, orienta que os conselhos regionais peçam certidão criminal dos bacharéis para expedir o registro profissional.