Defesa entra com pedido de liberdade para médico suspeito de abuso sexual

Mesmo sem especialização, ele atuava como ginecologista e foi denunciado por mais de 30 pacientes

Da Redação Da Redação -
Defesa entra com pedido de liberdade para médico suspeito de abuso sexual

O advogado de defesa do médico Joaquim de Sousa Lima Neto, de 58 anos, suspeito de abusar sexualmente das pacientes, fez um pedido de revisão da prisão do cliente na última quinta-feira (25).

Mesmo sem nenhuma especialização, Joaquim atuava como ginecologista em um hospital de Goiânia  e foi denunciado por mais de 30 pacientes.

Ao G1, o advogado Tito Amaral disse que o médico não é um risco para as investigações e que não precisa permanecer preso.

“Ele tem residência fixa em Goiânia, não tem casas em outros lugares, a família dele está aqui e não há risco de ele fugir. Além disso, ele não é uma pessoa violenta, é uma pessoa pacata e tranquila e pode ser chamado pelas autoridades para ser ouvido sempre que necessário. Então não há necessidade de ele responder ao crime preso”, relatou.

Além disso, Tito também afirmou que a defesa está confiante em conseguir a liberação do suspeito, que alega ser inocente de todas as acusações.

“Diante da documentação que juntamos e a argumentação que tecemos, estamos bem esperançosos de que vai autorizar essa revogação”.

Responsável pelo caso, a delegada Ana Elisa Gomes relatou que o primeiro crime foi cometido há mais de 24 anos.

“Ele tem 30 anos de profissão. No meu ponto de vista, ele passou a vida médica inteira fazendo isso. Tenho certeza que tem mais vítimas. Muitos casos não poderão ser levados para processos por causa do tempo, acredito que desses todos, sete se tornarão inquéritos, mas temos vítimas aqui desde 1994. Ainda assim, é importante que elas continuem vindo denunciar”, salienta.

Processo

Além dos abusos, Joaquim também responde por um processo de dano material e moral, onde uma paciente entrou com pedido de indenização ao descobrir que uma tesoura foi deixada em seu abdômen após uma cesariana.

O objeto só foi descoberto após a mulher ter sido impedida de entrar em um banco por causa da porta detectora de metais.

O processo ainda está em tramitação e um julgamento será realizado para definir o caso.

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