Quem é Isabella Freire, estudante que abandonou filho recém-nascido em lote e ateou fogo
Presa pelo GIH de Anápolis, jovem poderá responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e infanticídio
Estudante com o curso de Farmácia trancado e oriunda do interior de Goiás. Essa é Isabella Freire, de 24 anos, presa em flagrante nesta quarta-feira (12) por ter jogado o filho recém-nascido em um lote baldio do Residencial das Cerejeiras, bairro periférico da região Leste de Anápolis.
Ocorrido no final da tarde de segunda-feira (10), o ato cruel reúne condições de ter sido premeditado. Isso porque a jovem mora no centralizado bairro Maracanã e se deslocou sozinha com um Ford Ecosport zero por mais de 5km até o local onde abandonou o bebê e colocou fogo no matagal.
O corpo só foi percebido depois que um cachorro o arrastou para rua. A Polícia Militar, a primeira a chegar, foi acionada por volta das 09h por uma mulher que viu essa cena. Na perna da criança ainda estava uma pulseirinha da Santa Casa de Anápolis, com o nome dela e da mãe.
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De imediato, num trabalho conjunto entre o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) e o Comando de Policiamento Urbano (CPU) do 4º BPM, imagens de câmeras de segurança da rua foram colhidas e o hospital contatado.
O que já se suspeitava, se confirmou. O bebê nasceu saudável, no último dia 03 de maio, de parto normal após nove meses de gestação. Desde que saiu da ala da maternidade, conforme o depoimento dado à Polícia Civil, Isabella foi para casa e deixou o filho num quarto e não mais o amamentou.
Segundo o delegado Wllisses Valentin, ela chorou durante todo o procedimento. Aos investigadores a jovem contou que nunca quis a criança e tentou fazer um aborto neste ano. A versão foi confirmada pelo namorado — que até o momento da publicação desta reportagem ainda estava sendo interrogado no GIH, mas disse que não sabia da continuidade da gravidez.
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Isabella, que alegou ter engordado 5kg durante a gestação, também não teria dito nada aos pais.
O comando da Polícia Civil quer que o inquérito seja concluído o quanto antes. Para isso, além do depoimento de testemunhas e do laudo cadavérico que ainda será entregue pelos peritos, os investigadores terão à disposição o celular apreendido de Isabella, um iPhone 12 Pro novinho.
Se ficar confirmado que o bebê ainda estava vivo antes de ser carbonizado, a jovem será processada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e infanticídio.