Morador faz triste desabafo sobre como é a vida após o início das buscas por Lázaro Barbosa
'São 14 dias, não 14h. É algo que já virou meme, só que para a gente é uma situação assustadora", afirmou
A mega força-tarefa montada para tentar encontrar e prender Lázaro Barbosa, de 32 anos, já entrou no 14º dia. Ao todo, mais de 200 policiais militares, civis, federais e rodoviários federais estão participando das buscas na região de Girassol, povoado de Cocalzinho de Goiás.
Quanto mais os dias passam, porém, mais aumenta o medo da população, que não leva mais a vida com normalidade e teme que o criminoso acabe conseguindo fugir e, consequentemente, faça outras vítimas.
Em entrevista ao Portal Metrópoles, o vendedor ambulante Wilson Rodrigues dos Passos, de 52 anos, que comercializa queijos e doces às margens da rodovia, relatou que não consegue nem mais trabalhar.
“Antes disso tudo, o movimento era tranquilo, bom demais da conta. Agora, passa viatura o tempo todo, o povo está com medo e não para mais para comprar. Mal consigo vender”, explicou.
Segundo ele, pior ainda é a vida dentro de casa. É que, com a possibilidade de Lázaro estar por perto, ninguém tem mais uma boa noite de sono.
“Aquele tiroteio que teve aqui na semana passada eu ouvi tudo, foi perto da minha casa. Foram uns 20 a 30 tiros. Aí, eu falei: ‘Pronto, agora pegou’. Mas, aí, nada”, relatou.
“Está tirando o sossego da gente. São 14 dias, não 14h. É algo que já virou brincadeira, meme, só que para a gente [que mora na região] é uma situação assustadora. Eu e a minha esposa não dormimos mais”, disse.