Após prisão de ginecologista, cerca de 20 mulheres já procuraram delegacia para denunciá-lo
Médico foi detido pela manhã no próprio consultório e vítimas são de diferentes cidades
O cumprimento do mandado de prisão preventiva contra o ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, desenterrou diversos outros episódios que, até então, seguiam escondidos da Justiça.
Isso porque, desde a divulgação da prisão do profissional nesta quarta-feira (29), cerca de 20 mulheres procuraram a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) para realizar novas denúncias contra ele.
A informação foi confirmada ao Portal 6 na tarde desta quarta-feira pela delegada titular do posto, Isabella Joy Lima e Silva.
Inclusive, foi este o motivo das autoridades terem divulgado a identidade do médico durante o caso, por conta da suspeita da existência de diversas outras vítimas, além das já registradas.
Tanto é que as denúncias não são restritas apenas ao estado de Goiás, com casos no Distrito Federal e até mesmo no Pará e Paraná.
A DEAM comunicou que mulheres de Goiânia, Brasília e Pirenópolis já ligaram na delegacia e informaram que vão procurar a Polícia Civil para registrar ocorrência.
Mulheres que, pela foto e nome do médico, tenham sido vítimas, devem procurar a delegacia especializada, que fica na Rua Dez de Março, nº 257, no Centro, ao lado da Central de Flagrantes.
Entenda o caso
O mandado foi cumprido pelos policiais na manhã desta quarta-feira, no Instituto da Mama, unidade em que Nicodemos deveria estar trabalhando, no Centro da cidade.
Ele, contudo, não havia chegado até o local ainda.
Enquanto isso, os agentes conseguiram com secretárias informações de que pacientes realmente reclamavam da maneira que ele, sozinho, conduzia as consultas e exames.
As investigações começaram no último dia 15 e, em pouco tempo, foi possível encontrar várias mulheres que relataram ter sido expostas a atos constrangedores e criminosos por ele.