Insatisfação aumenta entre motoristas da Urban e sindicato deve reunir jurídico na próxima semana

ARM tem ciência da situação e presidente pondera que qualquer aumento de custos para a concessionária neste momento repercute no bolso do usuário

Caio Henrique Caio Henrique -
Insatisfação aumenta entre motoristas da Urban e sindicato deve reunir jurídico na próxima semana
Ponto de integração de linhas da Urban, na Avenida Faiad Hanna, no Cidade Jardim. (Foto: Danilo Boaventura)

O cabo de guerra que circunda a discussão do preço das passagens de ônibus em Anápolis ainda aguarda novos e diferentes capítulos .

Isso porque o Portal 6 apurou que entre os motoristas da empresa têm aumentado a insatisfação salarial e esse sentimento pode culminar em pressão por paralisação e até mesmo greve.

A reportagem conversou com Adair Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Anápolis (SITTRA), que explicou a situação.

Segundo ele, um pedido de readequação dos vencimentos da categoria foi enviado à empresa em julho, mesmo período em que por contrato a Urban pode pedir reajuste da tarifa.

A atual situação da concessionária, que alega ter tido um prejuízo superior a R$ 20 milhões por causa dos efeitos econômicos da pandemia no sistema de transporte público, tem impedido qualquer avanço nas negociações.

Segundo Adair Rodrigues, na próxima semana, a equipe jurídica do SITTRA deve se reunir para tomar uma posição.

A Agência Reguladora Municipal (ARM), órgão que intermedia a negociação do preço da tarifa com a Urban e Prefeitura, tem ciência da situação.

Conforme o presidente da autarquia, o pleito dos motoristas é compreensível, mas pede cautela lembrando que qualquer coisa que impacte na Planilha de Custos repercute no bolso do usuário.

“A nosso ver, a correção salarial é justa e merece sim atenção, mas devemos ter a exata noção de que é um dos componentes da Planilha de Custos que determina o valor tarifário”, ponderou.

A solução aventada pela ARM é buscar subsídio governamental e desoneração dos encargos tributários que só Anápolis paga entres as maiores cidade de Goiás.

“Por isso defendemos que os subsídios governamentais façam também parte das receitas que mantém o sistema, porque no atual modelo elas são suportadas apenas pelos usuários, que geralmente compõe as camadas mais pobres da população”, lembrou.

Caio Henrique

Caio Henrique

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

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