Desestimulado por médicos, anapolino dá a volta por cima, reaprende a andar e vira super atleta
Um sério problema de saúde fez com que o comerciante e atual atleta reformulasse totalmente o estilo de vida
O dia 08 de abril de 2016 foi o início de uma guinada na vida de Leandro Tomé, 55 anos. Nesse dia, deu entrada em um hospital sem conseguir nem andar, com o quadro de saúde muito severo.
Ao Portal 6, o dono de um estacionamento no centro de Anápolis, revelou a história emocionante de como superou momentos difíceis e se ancorou na corrida para se levantar de novo. Literalmente.
Leandro entrou na unidade de saúde com um quadro de anemia severa, inflamações em vários nervos, problemas no fígado e deterioração das funções cerebrais. Tudo isso, causado por excesso de bebida.

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“Eu passei pelo menos oito, nove anos, só em noitadas, na vida promíscua. Era todo dia muito álcool, sair para a madrugada, alimentação ruim, tudo longe de uma vida com saúde física e mental”, relembrou.
O comerciante lembra que precisou ser levado em uma cadeira de rodas para o hospital, sem forças para sequer se levantar. Foi então, durante o processo de recuperação, que a corrida surgiu na vida dele.
“Começar a correr foi uma forma de reaprender a andar e era o que melhor se encaixava para o meu estado de saúde”, explicou o comerciante.
Ele deu os primeiros passos, começou a caminhar com segurança e a partir daí, foi a hora de colocar o pé na estrada.
O primeiro grande trajeto de Leandro foi em 2017, quando ele foi a pé de Goiânia, mais precisamente do setor Padre Pelágio, para Trindade. “Eu esperava fazer apenas 2 km, mas consegui fazer os 17 km, mesmo na minha condição”.
Com forte artrose nos joelhos e sentindo dores, o comerciante explicou que a maioria dos médicos desencorajou a prática do esporte. Mas para ele, a alegria de correr dava um gás a mais na vida.
“Hoje em dia, a minha farra é a corrida. Eu aprendi com ela a ter resiliência, ser mais forte, aprendi a superar tudo. Ela agora se tornou parte dos meus bons hábitos.”
Leandro, que já participou de três meias-maratonas de 21 km – sendo uma em 2018 e duas em 2019 – apontou que encontrou um ambiente muito agregador nesse ambiente.
“Para mim, a corrida é o esporte individual mais coletivo que tem. A gente se encontra com turmas equipes, têm várias pessoas que se apoiam”, disse.
Devido à pandemia, o comerciante não pôde disputar mais circuitos do gênero. Apesar disso, ele mantém os bons hábitos e continua a correr. “A corrida preenche todo e qualquer vazio da minha vida”, destacou.


