SES explica porque famílias ainda não sabem se crianças de Anápolis morreram de dengue

Números da doença não param de subir e já são alarmantes na cidade

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Vista área de Anápolis. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Anápolis)

Familiares das três crianças de Anápolis que morreram com suspeita de dengue ainda podem continuar esperando por um longo tempo para descobrir o que realmente provocou os falecimentos.

Na próxima quinta-feira (07), completará um mês desde que a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) confirmou os óbitos por suspeita da doença e informou ter encaminhado as amostras para a tutela do Estado.

O Portal 6 procurou a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) para solicitar uma posição sobre os casos.

Por meio de nota, a pasta informou que o procedimento de confirmação é de fato demorado, pois as investigações envolvem “o Comitê de Óbitos do Estado, o que demanda tempo considerável para a divulgação do diagnóstico”.

Além do Comitê, participam da investigação o Laboratório de Saúde Publica Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) e outras instituições de referência, como a Fiocruz, no Rio de Janeiro, e Evandro Chagas, no Pará.

Números alarmantes

Somente nos primeiros três meses de 2022, a Semusa já recebeu 2.806 notificações de novos casos de dengue. Destes, 839 foram confirmados.

Os altos índices são reflexos não só do período chuvoso e da sazonalidade, mas também da falta de cuidados básicos para evitar a proliferação do mosquito. Isso porque 08 a cada 10 locais visitados pelos agentes têm foco do mosquito, segundo Patrícia Godói, gerente de endemias do município.

“É uma situação alarmante e precisamos da ajuda da população”, disse.

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