Justiça condena homem que foi à igreja para matar companheira com bloco de concreto

Depois do crime, o réu fugiu e foi preso somente dois anos depois, em Tocantins

Da Redação Da Redação -
Justiça condena homem que foi à igreja para matar companheira com bloco de concreto
Fórum de Rio Verde, onde foi realizado o júri. (Foto: Google Street View)

O homem acusado de matar Sandra Rodrigues Nunes no pátio de uma igreja em Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, foi condenado pela Justiça, nesta quarta-feira (01), a 16 anos e seis meses de prisão por feminicídio.

Segundo a investigação, Wilham Pires de Barros apunhalou a então companheira e ainda atingiu a cabeça dela com um bloco de concreto diversas vezes.

Na cena do crime, o Instituto Médico Legal (IML) encontrou o cérebro da vítima exposto depois de tantos golpes desferidos pelo homem.

O feminicídio aconteceu no dia 14 de outubro de 2018. Na ocasião, o Wilham e Sandra, que moravam juntos e namoravam há três meses, bebiam em casa com amigos e familiares. Depois, eles foram para uma festa na moto do réu. O filho da mulher foi junto.

Alcoolizado, o homem discutiu com a mulher e puxou-a pelo braço. Depois da briga, eles foram a um forró, onde outro filho da vítima estava.

No local, outra vez houve uma discussão motivada por ciúmes que Wilham sentia de Sandra. Ele queria que ela fosse embora. A mulher se recusou e levou um tapa do companheiro. Uma pessoa tentou intervir e foi ofendida pelo réu.

Um dos filhos dela deixou a festa e foi embora na moto do acusado, com autorização dele. Depois, o homem convenceu a namorada a ir embora a pé e não avisou amigos e parentes.

Por volta das 4h, eles pararam no pátio de uma igreja evangélica. Ele sacou um punhal e atingiu o tórax de Sandra, causando um ferimento de 20 cm. Depois, Wilham ainda pegou um bloco de concreto e bateu várias vezes na cabeça dela.

O homem fugiu em seguida e ficou cerca de dois anos sendo procurado pela polícia, até que foi capturado em Tocantins, em 2020.

Ainda naquele ano, o promotor de Justiça Thiago Galindo Placheski ofereceu denúncia por homicídio com quatro qualificadoras.

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