Geração de empregos em Anápolis está mais tímida em 2022

Dados do Caged apontam que município segue criando postos de trabalho, mas em menor grau

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Geração de empregos em Anápolis está mais tímida em 2022
Anápolis gerou mais de 2 mil empregos em 2022, mas continua abaixo do ano anterior. (Igor Nery/Prefeitura de Anápolis)

Anápolis criou 2.639 vagas de emprego entre os meses de janeiro e abril de 2022. Mesmo alto, o número é inferior ao do mesmo período de 2021, onde foram 3.045 novos cargos ocupados, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Apesar da queda de 13,33% em comparação ao ano passado, a administração municipal e economistas apontam que o saldo é positivo, visto que a cidade saiu do buraco causado pela pandemia de Covid-19.

O economista Márcio Dourado afirma que durante o período mais critico da crise, a economia ficou congelada por conta das restrições sanitárias, mas que em 2021 houve uma recuperação impressionante.

“Os investimentos, que ficaram adiados no ano de 2020, foram acontecendo. Por isso que o número do ano passado foi mais pomposo. Mas, o atual não é nada desprezível. Significa a criação de mais de 2600 vagas de emprego”, afirmou ao Portal 6.

Segundo ele, outra explicação para os bons índices dos últimos meses é a descentralização de grandes indústrias de importantes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

“Diversas empresas estão aumentando suas plantas fabris aqui no nosso município ou construindo mesmo, buscando formas de investir aqui na região”, explicou.

O especialista diz que a expectativa é de números ainda melhores no segundo semestre de 2022, já que uma série de vagas é aberta por conta das festas de fim de ano.

“Nós temos os chamados empregos sazonais. Tem mais dinheiro circulando, então se cria uma onda de empregos, em especial no comércio”, projetou.

Futuro próximo

Outra possibilidade de evolução nos índices empregatícios é a expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), que deve trazer dezenas de novas empresas para o município.

“É uma promessa da Prefeitura que já está ficando antiga. Mas, tudo isso são subsídios diretos ou indiretos da produção. Tudo isso gera expectativa de novas vagas”, disse Márcio Dourado.

“Se a expansão do DAIA sair em curto prazo, como foi prometido, teremos isso logo. Agora, vamos ver. Por ser um ano eleitoral a gente tem muita expectativa que é frustrada”, concluiu.

Empreendedorismo 

Os números não deixaram o radar da Secretaria de Indústria, Comércio, Inovação, Trabalho, Turismo e Agricultura. O titular da pasta, Alex Martins, justificou que o crescimento mais tímido tem a ver com a pandemia de Covid-19.

“A vida das prestadoras de serviço, indústria e comércio não foi muito fácil. Se avaliarmos os números, vemos que houve redução da empregabilidade, sobretudo em função dos reflexos da pandemia”, justificou.

Ele ressaltou, porém, que Anápolis também ganhou muitos microempreendedores individuais (MEIs), o que também se reflete no desempenho do município no Caged.

“Muitas pessoas começaram a se reinventar. Isso aumentou o número de empreendedores. Até maio, mais de 1,5 mil anapolinos se tornaram microempreendedores individuais”, disse.

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