Sem insumos, Goiás recorre a vizinho para acelerar diagnóstico da Varíola dos Macacos
Primeiras amostras já foram enviadas para Laboratório Estadual de Saúde Pública (Lacen-DF) nesta quarta-feira (10)
O Laboratório Estadual de Saúde Pública (Lacen-GO) fez o primeiro envio de amostras para o Lacen do Distrito Federal (DF) nessa quarta-feira (10). A informação foi repassada com exclusividade ao Portal 6 pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).
De acordo com a pasta, serão feitos três envios por semana: segunda, quarta e sexta. Com a mudança, o Lacen-GO acredita que, neste primeiro momento, será possível reduzir dos 5 a 7 dias para 3 a 5 dias.
Na estimativa, o laboratório contabiliza o intervalo de 48 a 72h para a liberação da resposta. Antes, as amostras seguiam para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que analisava o material.
O diagnóstico será feito no Distrito Federal enquanto ainda o Lacen-GO aguarda o recebimento dos insumos para a realização dos testes. Não há data específica para o envio do material, pelo Ministério da Saúde. A perspectiva, porém, é de que o material seja enviado a partir de setembro.
Os testes de RT-PCR para detecção do vírus Monkeypox seguem os mesmos fluxos de outros testes por RT-PCR; com uma etapa de processamento, uma etapa de extração do material genético, uma e de amplificação do material genético (quando presente) e por fim a análise das curvas de amplificação e liberação dos laudos.
Enquanto isso, um teste desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) para a detecção da Monkeypox apresenta resultado em 40 minutos, com custo dos reagentes de cerca de R$ 3 por exame. A iniciativa está em fase de validação e chamou a atenção da SES-GO.
Até o início da tarde desta quinta-feira (11), o estado tem 57 casos confirmados da doença e 224 suspeitos.