Caminhoneiros bolsonaristas cortam Anápolis rumo a Brasília

Movimentação indica nova manifestação antidemocrática. MP investiga financiamento por "grande organização criminosa"

Da Redação Da Redação -
Caminhoneiros bolsonaristas cortam Anápolis rumo a Brasília
Caminhoneiros passam por Anápolis para ato em Brasília. (Foto: Reprodução)

Caminhoneiros bolsonaristas cortaram a BR-060, em Anápolis, na manhã desta quarta-feira (09), rumo a Brasília, onde devem se concentrar para uma manifestação golpista contra o resultado das eleições.

O movimento é monitorado por órgãos de inteligência da Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde o início da semana. A movimentação no Distrito Federal começou no início desta semana.

Pessoas que passavam pela rodovia no momento em que de dezenas de veículos cortaram-na filmaram a caravana. Muitos tinham bandeiras do Brasil e mensagens de apoio a Jair Bolsonaro.

Desde o dia 31 de outubro, bolsonaristas foram às ruas pedir um golpe militar no país. Eles não aceitam o resultado das urnas, que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva.

Num primeiro momento, os apoiadores de Bolsonaro se concentraram em rodovias. Depois, passaram a ocupar a frente de quartéis. Agora, espera-se um ato em Brasília.

Para esta quarta-feira (09) está prevista a entrega de um relatório sobre as urnas elaborado pelo Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Financiamento por empresários

A Justiça investiga quem financia os atos antidemocráticos. Nesta terça-feira (08), os procuradores-gerais de Justiça dos Estados de São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina informaram ao TSE que “uma grande organização criminosa” formada por empresários compõe a rede de financiamento.

“Na nossa visão, é uma grande organização criminosa com funções pré-definidas e financiadores. Isso é de conhecimento público. Há várias mensagens com números de Pix e tudo mais para que as pessoas possam abastecer financeiramente (os atos). A partir disso, nós precisamos estabelecer quem desempenhou cada função”, disse procurador-geral Mario Luiz Sarrubbo, que comanda o MP de São Paulo, ao Estadão.

 

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