Especialista explica por que este é o momento certo de investir em energia solar em Goiás

Ao Portal 6, presidente de entidade que representa o segmento indica que características favoráveis e mercado aquecido farão de Goiás nova potência

Emilly Viana Emilly Viana -
Trabalhador instala placa solar. (Foto: Divulgação / Portal Solar)
Trabalhador instala placa solar. (Foto: Divulgação / Portal Solar)

O cenário para investir em energia solar em Goiás nunca foi tão favorável, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O estado é o sétimo do país com maior potência na matriz energética e promete crescer nos próximos anos diante de condições encontradas em solo goiano.

Segundo a entidade, o estado possui quase 700 megawatts (MW) instalados em usinas distribuídas e centralizadas. Isso significa, conforme explica ao Portal 6 o coordenador da Absolar em Goiás, Francisco Maiello, solo fértil para o sistema de energia solar e para a economia de modo geral.

“Goiás tem muitas áreas de sol, o que por si só já contribui com a logística. Aqui também temos cerca de R$ 3,5 bilhões investidos, o que representa mais de R$ 1 bilhão em arrecadação de tributos e mais de 20 mil empregos gerados. Então os impactos são diversos, inclusive financeiros”, indica.

Em todo o estado são mais de 5 milhões de unidades consumidoras e, destas, apenas 80 mil colocaram energia solar. Apesar de não chegar a 1,5% de cobertura, Goiânia tem se destacado no âmbito nacional. “É pouco, mas o potencial só aumenta, especialmente se compararmos com outras matrizes energéticas. A capital goiana, por exemplo, já está em oitavo lugar no Brasil”, ressalta o coordenador.

Nesta semana, outra notícia animou o setor. A energia solar ultrapassou eólica e se tornou a segunda maior fonte do país, após ter alcançado 23.854 megawatts (MW) de potência instalada, o que corresponde a 11,2% da capacidade nacional. Os dados foram gerados com base em informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Atualmente a produção se dá pela Geração Distribuída (GD), como as instalações em telhados de residências, e pela Geração Centralizada (GC), por meio de usinas de energia solar. “Goiás começa a se destacar nos dois itens. Na questão da centralizada, ainda não tem uma grande atuação, porém, ao mesmo tempo, é um estado preparado para a implantação”, afirma Francisco.

Novas regras

Regulado desde 2012, o segmento seguirá nova legislação neste ano. Trata-se da taxa de energia solar, que vai incidir na conta de luz com a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TSUD) Fio B. A lei nº 14.300 prevê que a cobrança da geração de energia solar seja gradual e estabelece que as pessoas que já instalaram os painéis ou que instalaram até 6 de janeiro de 2023, não devem pagar a taxa até 2045.

Apesar da mudança, o presidente da Absolar se mantém otimista com o setor. “A energia solar é extremamente competitiva. Mesmo com essas mudanças da lei, só tende a crescer. A energia solar está consolidada, tem o seu espaço e vai continuar crescendo a passos largos, visto que a divulgação se torna cada vez mais intensa”, assegura.

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