Detalhes do caso do homem que matou a ex e escondeu o corpo em Anápolis

Envolvimento de uma terceira pessoa no feminicídio está sendo investigado pelo GIH

Isabella Valverde Isabella Valverde -
feminicídio
Delegado Vander Coelho detalhou o caso nesta terça-feira (28). (Foto: Portal 6/Isabella Valverde)

A jovem, de 26 anos, que foi morta e teve o cadáver ocultado, em Anápolis, sofria violência doméstica e já havia solicitado uma medida protetiva contra o ex-companheiro.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (28), o delegado titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), Vander Coelho, explicou que a vítima teria registrado a solicitação ainda em dezembro de 2022, no entanto, como o suspeito não foi encontrado na época, não chegou a ser oficializada.

Detalhando a investigação, o encarregado apontou que a polícia teve ciência do caso nesta madrugada, após uma testemunha ouvir o homem relatar o crime em um bar e segui-lo até um imóvel.

Com o endereço em mãos, o popular acionou a Polícia Militar (PM) e relatou tudo que havia escutado minutos antes, passando para os agentes os detalhes e apontando onde seria possível encontrar o possível autor do crime.

Já na residência, logo que foi abordado, o suspeito confessou ter assassinado a ex-companheira ainda no início de fevereiro com cerca de cinco golpes de faca, tendo também ocultado o cadáver dela no quintal do imóvel em que o casal antes residia.

Em depoimento, o homem revelou que eles se relacionaram por um certo tempo e no momento do crime, já estavam separados. No entanto, segundo ele, quando o assassinato ocorreu, a vítima teria ido até a casa em busca de uma reconciliação.

“Em seu depoimento ele informa que eles tiveram um pré-relacionamento, já tiveram problemas e haviam rompido a relação. Em uma tentativa de reconciliação, ela esteve no imóvel do casal e ele se aproveitou da presença dela na residência, enquanto estavam sozinhos, para praticar o crime”, apontou o delegado.

O suspeito ainda relatou que assim que cometeu o feminicídio, ele deixou o imóvel e pediu abrigo para uma outra ex-companheira, afirmando que estava sendo ameaçado pelo atual da vítima. A intenção dele era de ficar nesta residência até que conseguisse fugir para Minas Gerais.

Após a prisão do homem, uma terceira pessoa está sendo ouvida para que se possa identificar até que ponto ela teria participação no crime.

“Uma pessoa, que supostamente teria participação, está sendo ouvida para a gente verificar até que ponto ele tem envolvimento, qual teria sido a participação dele, se no feminicídio, apenas na ocultação, ou se ele foi usado por essa parte para fazer serviços na residência, já que ouve uma concretagem no local e ele pode ter sido contratado para isso, sem saber que havia um corpo ali”, pontuou.

Vander Coelho também ressaltou que como a vítima era oriunda do Pará e não tinha parentes em Anápolis, ainda não existia nenhum registro do desaparecimento dela.

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