Empresas de RH dão dicas para os goianos que estão em busca do primeiro emprego
"O jovem precisa demonstrar disposição para aprender e aproveitar as oportunidades que já lhe foi dado", afirma gestora da área
O mercado de trabalho vem se tornando um pesadelo para os jovens goianos, que relatam poucas oportunidades e exigências altas.
Porém, ao Portal 6, a diretora da Agregar Gestão de Pessoas, Maria Célia Franklin Ferreira, ofereceu dicas para quem busca conquistar o primeiro emprego.
Mariana Guimarães, de 22 anos, é uma estudante de Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC) que se preocupa com a carreira.
“Já tentei me candidatar, mas creio que por conta da idade e pouca experiência nos cargos em que apliquei meu currículo, não tive sucesso”, contou.
A jovem acredita que o mercado de trabalho é fechado e não oferece oportunidades para quem está começando. Como Mariana está com formatura marcada para dezembro de 2023, já está com a atenção voltada para vagas efetivas.
“Muitos contratantes querem apenas estagiários, onde podem exigir uma alta demanda e pagar um salário inferior”, destaca.
O sentimento da estudante é algo que já foi notado pela diretora da empresa de Recursos Humanos em um número crescente de pessoas novas.
“Eu acredito que isso é uma situação que acontece há bastante tempo. Tanto que temos um número alto de jovens que desistiram de procurar empregos”.
Ela explica que empresários investem pouco em pessoas e programas para treinar os jovens, o que resulta em vagas que pedem conhecimentos e experiências que estudantes e recém-formados não possuem.
“Há um tempo atrás, o primeiro emprego era no telemarketing ou com atendimento, mas essas áreas não absorvem todo mundo. Também vemos pessoas com curso superior que não conseguem uma oportunidade na área, o que só piora após a graduação”, disse.
Diante desse cenário, Maria Célia aponta que uma característica importante para essa fase de vida é a paciência. Além disso, a profissional reforça que empresas buscam, acima de tudo, comprometimento e proatividade. “O jovem precisa demonstrar disposição para aprender e aproveitar as oportunidades que já lhe foram dadas”.
A diretora aponta para programas de capacitação gratuitas, oferecidas por instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), assim como o governo local.
Portanto, ela afirma que o jovem deve se candidatar para diversas empresas, o que aumenta as chances de, eventualmente, ser contratado.