Especialista goiana explica sobre complicações causadas pelo uso de cigarros eletrônicos
Alguns deles são a grande concentração de nicotina, que muitas vezes supera o do próprio tabaco

Nesta quarta-feira (31), é lembrado o Dia Mundial Sem Tabaco, proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para prevenir os diversos riscos vinculados à prática do fumo e os problemas também causados pelo consumo do produto em outras formas.
Ao Portal 6, a fisioterapeuta especialista em ventilação mecânica, Lílian Afonso, revelou quais são as principais complicações que ocorrem na saúde dos fumantes, além de discutir também problemas que vieram com a nova onda dos cigarros eletrônicos.
“A chamada DPOC, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, é a principal complicação entre fumantes. Inclui bronquite, bronquiolite, asma e enfisema pulmonar. O enfisema é o mais complicado destes, pois se trata de uma destruição dos alvéolos pulmonares, o quais não se regeneram”, explicou.
Na ventilação mecânica, último recurso em casos graves, é tentado recrutar os chamados “alvéolos reservas”, os quais não estão em uso. Fumantes costumam ter uma maior rigidez do tecido pulmonar, consequentemente a pressão interna é diferente do habitual, questões que dificultam a superação da ventilação mecânica.
“Os cigarros eletrônicos são uma nova roupagem da indústria tabagista, visto que os cigarros não possuem mais o mesmo status que tinham no passado. Apesar da apresentação, os chamados “Pods” são tão prejudiciais e, em alguns casos, até mais do que o hábito de fumar tradicional”, relatou.
Além das complicações acarretadas pelos cigarros estarem presentes, ainda existem outros problemas possíveis no caso dos eletrônicos. Alguns deles são a grande concentração de nicotina, que muitas vezes supera o do próprio tabaco, e o depósito de umidade no pulmões ocasiona até quadros graves de pneumonia.
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Vale ressaltar que os cigarros eletrônicos são proibidos pelo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em todo o território nacional desde 2009. Apesar disso, a venda continua de maneira indiscriminada em diversas tabacarias.
Famosos como o cantor Zé Neto e a cantora americana Doja Cat já relataram complicações graves causadas pelo cigarro eletrônico. No caso da artista, foi necessária a realização de uma cirurgia de emergência, inflamações a fizeram retirar parte da amígdala esquerda.